Desde que os patinetes elétricos surgiram no Brasil pela primeira vez, em 2018, muitas questões foram levantadas. “Esse modelo de negócios funciona?”, “Os veículos serão depredados ou furtados?”, “Onde eles podem circular?”, “Qual deve ser a regulamentação?”, são algumas delas.

A regulamentação, por exemplo, foi um assunto muito discutido ao longo de 2019. Em alguns momentos, em São Paulo, era obrigatória a utilização de capacetes. Depois, deixou de ser. Já no Rio de Janeiro, chegou a ser pensada a necessidade de prestar uma prova no Detran para conduzir os veículos, que podem chegar à 30 km/h, a depender do modelo.

As questões de velocidade e segurança são pontos chave neste mercado, pois os usuários estão sujeitos a ruas íngremes, buracos e intempéries em geral que podem causar acidentes – seja no Brasil ou no mundo. Desde abril de 2017, hospitais dos EUA já registraram mais de 1.500 acidentes envolvendo patinetes elétricos.

 

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As empresas, os cidadãos e os governos brasileiros passaram por um período de adaptação – e agora uma mudança está acontecendo neste mercado. Neste mês, duas gigantes do setor anunciaram a redução ou extinção de suas operações no país.

A Grow, fusão da Grin e Yellow, anunciou neste mês que retirará seus patinetes elétricos de 14 cidades, passando a operar apenas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. A empresa tomou essa decisão para operar de forma “estável, eficiente e segura”. A mudança acompanha a demissão de 600 funcionários, que terão o auxílio de uma empresa de recolocação profissional. Além do Brasil, a Grow opera em 6 países da América Latina.

Ainda em janeiro, a Lime anunciou que está deixando o Brasil após seis meses no mercado. A empresa, que opera em 120 cidades pelo mundo, saiu de São Paulo, Rio de Janeiro e outros dez distritos. No anúncio, a empresa afirmou que decidiu deixar as cidades em que a “micromobilidade evoluiu mais lentamente”.

Em paralelo, a Uber decidiu entrar neste mercado. A empresa começou a oferecer os veículos em Santos – os usuários podem alugá-los usando o mesmo app das corridas – e recebeu nesta sexta-feira (24) autorização para operar em São Paulo. “Os patinetes elétricos vão sair do Brasil?” No momento, não. Mas este mercado está definitivamente entrando em uma uma nova fase.

E para você, qual será o futuro dos patinetes elétricos no país?

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