Nosso primeiro acelerador de inovação é o poder da rede – uma ferramenta que permite que as mentes se conectem com outras mentes, troquem idéias e façam invenções.

Até recentemente, a maioria dos gênios era desperdiçada.

Mesmo que você tenha nascido com talentos incríveis, as chances de você poder usar essas habilidades são limitadas, na melhor das hipóteses. 

Embora o QI não seja a única métrica para o gênio, a distribuição padrão da escala Stanford-Binet mostra que apenas um por cento da população se qualifica dentro dessa categoria. Tecnicamente, isso representa 75 milhões de gênios no mundo. Mas quantos deles realmente causam impacto?

Ainda hoje, não tantos.

No entanto, no mundo hiperconectado de amanhã, indivíduos extraordinários não serão mais vítimas de classe, país, cultura ou falta de acesso aos outros 8 bilhões de pessoas, entre elas, todos os outros gênios do mundo.

Nos próximos 6 anos, a convergência sem precedentes de redes 5G e de satélites trará 4 bilhões de novas mentes para a web, desbloqueando as comportas do capital intelectual humano.

No livro “Abundância”, Peter Diamandis explora como o aparecimento das cafeterias na Europa do século XVIII se tornou um fator crítico do Iluminismo. Esses estabelecimentos democráticos atraíram pessoas de diversas áreas, permitindo que diferentes ideias se encontrassem, interagissem e produzissem novas ideias que seriam impossíveis de serem germinadas por um único indivíduo. Ao se tornar um centro de compartilhamento de informações, uma “internet” da época, as cafeterias foram fundamentais para impulsionar o progresso.

Não surpreendentemente, vemos hoje efeitos de rede semelhantes nas cidades, inclusive ainda em cafeterias, já que dois terços de todo o crescimento ocorrem em ambientes urbanos muito provavelmente porque a densidade populacional leva à polinização cruzada de idéias.

É por isso que o físico do Instituto Santa Fe, Geoffrey West, descobriu que dobrar o tamanho de uma cidade produz um aumento de 15% em riqueza e inovação (medido pelo número de novas patentes) quando comparado com a soma de duas cidades com metade da população. 

Em 2010, aproximadamente um quarto da população da Terra, cerca de 1,8 bilhão de pessoas, estava conectado à Internet. Em 2017, essa penetração havia atingido 3,8 bilhões de pessoas, ou cerca de metade do globo.

Mas nos próximos 6 anos, conectaremos o resto da humanidade, adicionando 4,2 bilhões de novas mentes à conversa global. Em breve, todos os oito bilhões de nós, serão conectados em rede à velocidades de gigabits graças ao 5G.

Se o tamanho, a densidade e a velocidade de transmissão de dados fizeram das cidades os melhores mecanismos de transformação que já conseguimos criar, o fato de estarmos prestes a conectar o mundo inteiro em uma única rede de alta velocidade significa que o planeta inteiro está muito próximo de se tornar o maior laboratório de inovação da história.

Adaptado de Peter Diamandis

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