1 advogado para cada 174 brasileiros

 

Essa é a proporção do número de advogados para cada cidadão brasileiro. São 1,2 milhão de advogados entre 209 milhões de habitantes.

No ritmo atual de crescimento, em 2023 serão 2 milhões de advogados, o que gera uma proporção de 1 advogado para cada 105 pessoas.

Levando-se em conta que 27 por cento da população brasileira tem menos de 18 anos, sobram 76 pessoas para cada advogado.

Ou seja, o mercado está completamente saturado em relação ao número de advogados no país.

E isso se traduz nesse cenário: 30 por cento dos escritórios abertos nos últimos 10 anos já fecharam. Os motivos principais são a falta de clientes e a competitividade por preço.

Está claro que ser um bom profissional não é mais garantia de sucesso

advogado precisa aprender sobre negócios e se posicionar como um empreendedor.

Dentro das regras da OAB, o advogado precisa aprender como captar clientes de forma ativa e precisa se posicionar como uma autoridade na profissão, gerando conteúdo qualificado, distribuído por meio de artigos e redes sociais.

Os escritórios de advocacia precisam ser vistos como empresas.

E precisam aprender a fazer gestão de pessoas, aprender sobre marketing digital, incorporar o espírito empreendedor e entender como ser mais produtivo é essencial.

 

E os softwares? Substituirão os advogados?

 

Essa é uma pergunta que ouço muito, principalmente quando organizamos nossas conferências ligadas a área jurídica. Os advogados serão substituídos por máquinas?

Há uma frase do brasileiro Cristiano Oliveira, fundador da Olívia, plataforma de inteligência artificial, que diz: “Com IA, os humanos ficarão mais livres para fazerem atividades humanas. Enquanto as máquinas farão muitas das atividades robotizadas que os humanos fazem hoje“.

Trazendo para exemplos práticos, já existem situações no mundo jurídico em que diversas peças, documentos e análises de jurisprudência são feitas por algoritmos dotados de inteligência artificial, sem qualquer interação humana.

E isso acontece porque a máquina é capaz de realizar milhões de análises em poucos minutos, analisando padrões e dados históricos.

Isso significa que, como em muitas outras profissões, parte do que os advogados fazem hoje será feito por uma máquina ou algoritmo. Mas isso não significa, diretamente, um problema.

Muitos advogados têm visto os avanços tecnológicos como oportunidade e não ameaça. Quanto mais tecnologia adicionada no dia a dia, mais tempo livre o advogado tem para se dedicar ao que é essencial, de verdade.

Se antes um profissional conseguia analisar um número determinado de processos por dia, com adoção de tecnologia isso pode se multiplicar, por exemplo.

O fato principal é que o universo jurídico vive uma era em que não só as habilidades técnicas ligadas à profissão são importantes. É claro que um advogado deve sempre se atualizar, aprender novas técnicas e se tornar um profissional cada dia melhor.

Mas outras habilidades, até então deixadas de lado por esses profissionais, passaram a ser essenciais. Todo advogado é um empreendedor e por isso precisa aprender sobre gestão, tecnologia e inovação.

Num mundo tão competitivo, onde 58 por cento das decisões de contratação de um serviço começam com pesquisas no Google, o profissional que não gera conteúdo expressivo acaba perdendo relevância.

Para ser um advogado de sucesso é preciso ser um ótimo profissional técnico, mas também é preciso ser um excelente gestor. Entender de marketing digital, aprender sobre gestão de pessoas, criar conteúdo relevante na internet, adotar tecnologia para aumentar a produtividade… isso faz parte do pacote de sucesso do advogado moderno.

Com base nessas questões todas – e depois de uma pesquisa com mais de 10 mil profissionais que frequentam nossos eventos – decidimos criar o curso Gestão Inovadora para Advogados, que vai ensinar as técnicas de gestão que podem potencializar seus resultados.

Afinal, como disse Mariana Gonçalves, do projeto Minutos de Direito, “A advocacia está saturada sim, saturada de profissionais medianos com pouca dedicação e nenhuma vontade de inovar“.

Fonte: Startse

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