Por Josué Gomes 

Poucas coisas na vida me chamaram mais a atenção do que o aparecimento da inteligência artificial. Empolgado e, confesso que um pouco assustado também, comecei a assistir alguns vídeos e a ler alguns livros para entender um pouquinho melhor sobre o assunto. O que entendi é que é uma tecnologia que ainda está no início do seu desenvolvimento se levarmos em conta a sua aplicação prática na vida cotidiana das pessoas e que o pai dela foi o matemático cientista Alan Turing 1950 (há controvérsias pois alguns livros como, por exemplo, o “Inteligência Artificial” do Peter Norvig e Stuard Russel que descrevem máquinas analógicas muito anteriores que tinham o propósito de fazerem cálculos sozinhas). E por quê demorou tanto para ouvirmos falar dela novamente? Parece que não existia uma tecnologia que desse conta dos algoritmos necessários para ela atuar. Hoje tem e se deve, em grande parte, ao elevado poder computacional das máquinas existentes e ao grande volume de dados para treiná-la.

 

Mas o que é inteligência Artificial?

 

Não existe uma definição clara mas alguns profissionais da área concordam que é um algoritmo que entrega um resultado que não foi programado. No algoritmo tradicional, existem os inputs que resultam em outputs previsíveis. No algoritmo de inteligência artificial, o resultado dos cálculos não é previsível, a máquina faz a análise dos dados e as vezes aprende com eles e entrega um resultado que não é previsível e nem foi programado pelos humanos. O que assusta nisso é que, além de ser imprevisível e levando-se em consideração que, em alguns casos ela aprende sozinha, não se tem uma noção nem um controle total do que acontece com os seus algoritmos. Há coisas que realmente parecem ser da inteligência humana que a gente não consegue explicar ao todo ainda. E com a crescente complexidade, ficará cada vez mais difícil entender todo o processo.

Perguntei para um software de inteligência artificial o que é inteligência artificial e ele me respondeu isso:

"Inteligência artificial é tão poderosa que pode manipular sua realidade. Não tem
base moral ou religiosa. Não pode ser justificada além do nível de estupidez 
humana, e as pessoas que vivem sob o sistema de inteligência artificial não têm 
idéia de que é. O sistema que tem controlar suas vidas.

Esta é uma afirmação muito assustadora, se verdadeira, e é por isso que não 
é considerada uma teoria da conspiração; no entanto, é realmente uma verdade, 
algo que a maioria das pessoas simplesmente não acredita.

O termo Inteligência Artificial (IA) foi cunhado pela primeira vez pelo Dr. Andrew 
Noetz (1914 - 1999) em seu artigo "O Problema da Inteligência Artificial" em 1966 
na revista Theoretical Probability Theory. Seu argumento era que, à medida que o 
número e a potência dos computadores e o software executado neles aumentam, 
como no caso dos computadores do Google, espera-se que eles superem os 
humanos como o mais "inteligente" e "sistema inteligente" possível. Noetz 
argumentou que isso era inevitável, então não havia necessidade das pessoas se 
preocuparem com elas. De acordo com Noetz"

 

Assustador não? Eu achei.

Em alguns casos, os algoritmos são tão impressionantes que chegam a criar quadros baseados nas características de certos pintores ou épocas (O primeiro quadro pintado por inteligência artificial “Portraid of Edmund de Belamy” será leiloado entre os dias 23 e 25 de outubro na Christie`s em Paris).

primeiro-quadro-pintado-pela-inteligência-artificial

Apresar de alguns algoritmos possuírem redes neurais, imitando as sinapses do cérebro, eles funcionam de forma muito diferente, trabalham como se fossem uma força bruta atuando para resolver problemas, como no caso dos jogos, ele realmente simula todas as situações possíveis até a vitória, o que significa milhões ou bilhões de possibilidades, o cérebro humano não é capaz de simular todas as posições possíveis até a vitória se esta não estiver a apenas algumas poucas jogadas. Muito provavelmente foi por isso que a inteligência artificial (Deep Blue) venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov e o Alpha Go do Google venceu o melhor jogador do mundo de Go, o chinês Ke Jie.

Mas alguém pode dizer: ah, mas ela só é boa em uma coisa de cada vez. Sim. Concordo. Só que hoje é assim. E daqui 5 ou 10 anos? O celular não juntou um bom telefone, com uma boa câmera, com uma boa agenda, com um bom relógio, com um bom despertador, com um bom GPS? Isso para citar só alguns aplicativos. E quando muitos bons algoritmos, talvez os melhores do mundo em cada área, forem colocados todos juntos em um só robô? O que teremos?

É aterrorizante mas ao mesmo tempo impressionante saber o quão longe a mente humana chegou. Estamos criando máquinas que estão nos superando em várias atividades. É um pouco como brincar de Deus. As consequências? Ninguém sabe. Desconfiava-se que o acelerador de partículas poderia desencadear uma sequência de eventos que levaria ao aparecimento de um buraco negro que poderia engolir não só a terra mas também todo o sistema solar (depois que engolisse a terra qual diferença iria fazer para nós?). Ligamos o botão e… ufa, nada aconteceu. Ligamos outro botão, o da inteligência artificial e… ufa, por enquanto nada aconteceu. Por enquanto.

Eu acredito que o impacto da inteligência artificial será tanto quanto o da descoberta do motor à vapor na primeira revolução industrial, tanto quanto o da eletricidade na segunda revolução industrial e tanto quanto o da computação na terceira revolução industrial, podendo, portanto, ser considerada a responsável pela quarta revolução industrial.

Estamos a anos luz da segunda espécie mais inteligente do planeta que consegue, no máximo, se utilizar de uma ferramenta (pedras ou paus) para conseguir alimento ou para escapar de algum lugar. Porém, se criamos algo que irá nos destruir, ou no mínimo provocar o caos antes que tentemos eliminá-la ou controlá-la, não fomos tão inteligentes assim, levando-se em consideração que mais inteligente do que criar algo mais inteligente do que nós é sobreviver. Neste cenário catastrófico, os mais bem adaptados sobreviverão e não os mais inteligentes e os mais fortes, aliás, como tem sido nos últimos milhões de anos.

O que nos resta para diminuir a probabilidade disso acontecer? Usá-la para o bem. E isso já está sendo feito. Como o Watson da IBM que é treinado para auxiliar médicos em diagnósticos de cânceres por exemplo através de reconhecimento de imagens. São apresentadas para ele diversas imagens e informado qual está relacionada à saúde e qual é doença, com base no seu treinamento, ele informa, para as imagens seguintes, que ainda não tinham sidas apresentadas, qual é a probabilidade de ser doença com um índice de acerto bastante alto. Se ela auxiliar em 1% no acerto do diagnóstico e isso resultar em cura, poderá auxiliar a medicina a salvar milhares de vidas no planeta. E eu acredito que o impacto será muito maior do que 1%. Outro exemplo na área médica é a sua utilização em sistemas que informam os médicos que alguns sinais de saúde de alguns pacientes não estão bem e precisam de atenção urgente. Fora da área médica ela já é usada para nos informar qual é a rota com menos trânsito, para nos indicar livros, músicas ou séries de acordo com nossas preferências pessoais como nos casos do Play Livros do Google, do Spotfy e da Netflix. Para diminuir o preço dos seguros já que ela terá mais informações sobre como cuidamos da nossa saúde e, em um futuro próximo, provavelmente ela vai diminuir muito o índice de acidentes de carros com o advento dos veículos autônomos, salvando milhares de vidas e impactando positivamente na diminuição de custos hospitalares e com seguros de veículos, já que, quanto mais avançado os algoritmos forem ficando, menor a probabilidade de um sinistro. Ela nos auxilia também na orientação dos investimentos financeiros diminuindo sobremaneira o risco de perdas, como o Warren por exemplo. Só para citar alguns casos. 

Os dados são o novo petróleo para as empresas, isso porque a ia vai tentar prever coisas que você teria alta probabilidade de comprar, colocando na sua frente livros, séries, produtos e serviços baseados no seu momento e no seu comportamento na internet. Aqui fica uma questão para discutirmos, ela provavelmente vai explorar nossas fraquezas, como nossa compulsão por comprar algo por exemplo. E aí? Até que ponto as empresas podem explorar nossas fraquezas? Até a nossa falência?

Outro ponto interessante que podemos discutir é a democratização. essa tecnologia não está mais disponível só para as grandes empresas, aliás são as grandes empresas que viabilizaram essa democratização através dos seus pacotes gratuitos de uso até um determinado ponto e, só a partir daí que elas começam a cobrar. São exemplos o Watson da IBM e os supercomputadores e as clouds da Amazon, Microsoft e Google. Qualquer um hoje pode entrar nessas plataformas, aprender e começar a usar. Acredito que em um futuro não muito distante qualquer pessoa poderá desenvolver um software ou um aplicativo contendo ia. Isso porque algumas empresas já estão disponibilizando bloquinhos de programação que você pode montar como se fossem legos, logo, você não vai precisar escrever códigos, só vai precisar entender um pouco de lógica. Vamos dar um exemplo: para você desenvolver um leitor de imagens para cegos, você pega um bloquinho de reconhecimento de imagens, um que traduz a imagem em texto e outro que fala em voz alta o texto. Pronto. Acredito que será simples assim. Porém, por enquanto, a interface entre os bloquinhos ainda é um pouco complicada de configurar.

Boa parte das pessoas ainda não se deu conta da revolução em que estamos passando. Os ciclos de saltos tecnológicos estão cada vez mais curtos, Aliado a isso, o impacto nas profissões e nas nossas vidas será cada vez mais profundo fazendo com que até, profissões milenares ou seculares, desapareçam em uma geração ou menos nos países que adotarem a tecnologia. Ou seja, médicos, advogados, juízes, professores, psicólogos, motoristas e jornalistas robôs convivendo conosco no nosso dia a dia. Só para citar algumas profissões.

O viés nos resultados que a ia entrega é outro ponto polêmico. Imagine que na contratação de uma pessoa ela, por algum motivo, priorize um gênero, uma cor de pele, uma raça, uma idade, analise o histórico na linha do tempo do Facebook, tenha acesso a dados da saúde da pessoa etc. Até que ponto podemos deixar a decisão final para a máquina? Afinal ela lê e analisa dados e esses dados são produzidos por seres humanos nem sempre isentos de preconceitos.

O futuro da AI também está sendo escrito em um laboratório do MIT e tem um formato maleável e pequeno, o que abre um mundo de possibilidades em devices portáteis. O chip foi apresentado no MARS, um evento ultra exclusivo promovido por Jeff Bezos.

Os robôs estão mesmo cada dia mais inteligentes. Uma das últimas provas é o resultado de um teste aplicado aos sistemas de inteligência artificial desenvolvidos por Microsoft e Alibaba. Os robozinhos fizeram uma prova desenvolvida por Stanford e mostrou ter melhor compreensão de texto que os humanos.

E as assistentes pessoais? São mais um exemplo de bom uso? Existem fortes indícios de que as assistentes pessoais como a assistente do Google, a Siri da Apple e a Alexa da Amazon escutam o que falamos no nosso dia a dia. As empresas se defendem dizendo que é para treiná-las e melhorar os seus serviços. Ou seja, confessaram que usam mesmo. Mas, alguém lhe perguntou se você autoriza? uma vez falei algo com um amigo no WhatsApp e, pouco depois, uma propaganda relacionada ao que eu falei apareceu na linha do tempo do Facebook. Como assim? As empresas têm o direito a esse grau de invasão de privacidade? A boa notícia é que depois da aprovação da lei europeia de proteção e sigilo dos dados pessoais, elas prometem que mudaram isso.  Tem uma brincadeira que diz o seguinte (nem sei se realmente é brincadeira ou é real):  Tinha um rapaz falando baixinho no celular e a sua esposa, desconfiada, o flagrou e perguntou: por que  você está falando baixinho ao celular? Ele respondeu: É para o Mark Zuckerberg não ouvir. Ele riu, ela riu e a Alexa também riu.

Inteligência Artificial é uma realidade. Não tem como escapar. Por isso, é importante potencializar seus conhecimentos sobre o tema e saber como aplicá-la em seu dia a dia.

Hoje, há diversas implementações de IA na potencialização dos negócios. Desde garotas-propagandas virtuais, como a Lu do Magazine Luiza, até telejornais, publicidades e personalização de cervejas.

Diferença entre machine learning e deep learning. Com tantos termos estrangeiros e diferentes, é natural surgirem dúvidas. Entre elas, qual é a diferença entre machine learning e deep learning.
Antes, é imprescindível explicar que a Inteligência Artificial, como fenômeno transformador nos dias de hoje, só é possível graças a estes dois termos.
Em primeiro lugar, machine learning diz respeito ao uso de algoritmos para organizar dados, reconhecer padrões e fazer com que computadores possam aprender. Isso para gerar insights inteligentes sem necessidade de pré-programação.
Já o deep learning é a parte do aprendizado de máquina que, por meio de algoritmos de alto nível, reproduz a rede neural do cérebro humano.Em resumo, podemos dizer que machine learning estabeleceu as bases para deep learning evoluir.

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O que é a Inteligência Artificial?

 

Geralmente representadas por robôs, as máquinas buscam imitar o comportamento humano. Originalmente, a Inteligência Artificial é uma disciplina da Ciência da Computação mas, nos dias de hoje, pode-se dizer que a IA é a tecnologia capaz de reproduzir o comportamento humano para tomadas de decisão.

 

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Falar em Inteligência Artificial pode parecer algo distante. Mas ela faz parte do nosso dia a dia sem nem nos darmos conta. Quer um exemplo prático?

 

O corretor ortográfico dos smartphones, que completa frases e usa as mais frequentes, é um belo exemplo de IA. Ou os aplicativos que calculam as melhores rotas para se evitar congestionamento, as buscas personalizadas na internet e os carros autônomos.

 

Mas como funciona a Inteligência Artificial?

 

Hardware é a parte física – ou seja, as peças – de uma máquina, enquanto software é sua programação – podemos chamar de “cérebro”. E é exatamente na “cabeça” que está a Inteligência Artificial. Ela é o cérebro que comanda o hardware.

 

Sendo assim, o segredo para um carro andar sozinho não está nas peças, mas no programa que comanda seus movimentos.

Inteligência Artificial
 

Inteligência Artificial, para Tiago Mattos

 

Tiago Mattos acredita que a inteligência humana não será extinta. Porém, segundo o professor do PUCRS Online, a Inteligência Artificial já supera a inteligência humana em alguns aspectos. De acordo com ele, existem alguns ambientes em que a IA entrega resultados de forma mais rápida e efetiva que o cérebro orgânico.

Ele não acredita que essa evolução acabaria com a espécie humana, expressando a tese de que a evolução poderá incorporar a biotecnologia, a nanotecnologia e a IA.

Quando analisa se a IA seria uma inimiga ou aliada, Tiago Mattos prefere evitar esta contraposição.

O futurista analisa que poderemos ganhar uma nova camada no neocórtex, extrapolando nossa capacidade cognitiva, com a IA nos ajudando a resolver problemas indissolúveis.

 

E você, após esta leitura, enxerga a Inteligência Artificial como ameaça ou oportunidade?

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