Nos últimos 25 anos, quase todas as indústrias dobraram sua taxa de produtividade, enquanto a construção civil manteve-se estagnada.

Segundo a PWC, as empresas de construção “ainda estão usando processos baseados em papel que só podem ser descritos como arcaicos”. Já a McKinsey diz que as construtoras “estão operando da mesma maneira desde os anos 1940.”

Essa enorme lacuna de desenvolvimento pode ser interpretada como uma oportunidade enorme. Vou explicar o motivo.

Quando a indústria da construção civil começar a investir pesado em tecnologia, os ganhos de eficiência serão gigantescos, proporcionais às ineficiências de hoje.

Apenas com a adoção de soluções digitais nos projetos de empreendimentos corporativos, segundo o Boston Consulting Group, a economia pode chegar a 1,2 trilhão de dólares. Quando falamos de processos operacionais, a redução de custos pode chegar a 500 milhões de dólares por ano.

Ou seja, quanto maiores os investimentos em tecnologia, maiores ainda serão os ganhos com redução de custos em projetos e execução.

Até porque, na outra ponta, as startups de construção civil – chamadas ConstruTechs – estão crescendo de maneira exponencial. Só no primeiro trimestre de 2018 foram investimentos mais de 1 bilhão de dólares nessas empresas.

São companhias que trabalham com Drones, Impressoras 3D, Big Data, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial, Sensores, Robótica e outras tecnologias inovadoras.

A palavra de ordem no setor é inovação, que combinada com a eficiência vão gerar resultados extraordinários dado ao tamanho da oportunidade que está a frente.

Contudo, assim como aconteceu em diversas outras indústrias que já passaram por esse momento de “virada tecnológica”, só as companhias que entenderem isso rapidamente e enxergarem as oportunidades terão sucesso no futuro próximo.

Para aquelas que ignorarem esse movimento mundial de transformação digital, não restará pedra sobre pedra.

 

O case chinês

 

Com grande parte dos hospitais lotados, os chineses precisaram agir mais rápido do que nunca para conter a epidemia global enquanto uma cura definitiva não era descoberta.

Tiveram que construir um novo hospital para desafogar os outros e conter mais possíveis novos casos em tempo recorde.

Infelizmente não é assim no Brasil, onde hospitais, linhas de trem e vários outros tipos de construção chegam a atrasar décadas.

Felizmente, para os chineses, não foi assim na China.

Com um plano que seria utópico para a maioria dos países, os chineses se propuseram construir um novo hospital em apenas 10 dias. E conseguiram.

O anúncio da inauguração do hospital Huoshenshan, com mil leitos, foi feito oito dias depois do início de suas obras.

E como se isso não fosse suficientemente impressionante, logo depois foi anunciado que um segundo hospital de emergência, com 1500 leitos, também está seria construído às pressas na região para tratar o coronavírus. 

Como eles conseguiram tamanha eficiência? É simples:

As tecnologias avançadas para o setor de construção na China possibilitam obras emergenciais de curta duração.

No caso do primeiro hospital, os responsáveis pela obra utilizaram uma planta do Xiaotangshan, um hospital construído em 2003 para tratar de pacientes do SARS — outro vírus epidêmico que causou centenas de mortes no país. Assim, toda a etapa de projeto foi dispensada.

Com a planta do hospital já pronta, bastou levar o projeto para o sistema que integra todos os equipamentos da fábrica e iniciar a produção de alta velocidade.

Hoje, a China é um dos líderes mundiais em smart factories, em que tecnologias como robótica, 5G e Internet das Coisas, entre outras são utilizadas para aumentar eficiência da produção.

A tecnologia para o setor de Construção Civil está transformando o setor não apenas na China, como em todos os polos de inovação do mundo. O problema é que muitas empresas deste mercado no Brasil sequer têm esse tipo de conhecimento.

Já imaginou o que você poderia fazer no seu negócio ou no seu trabalho se você soubesse aplicar inovações como essas?

 

Fonte: Startse

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