Já diz Peter Thiel, um dos mais bem-sucedidos investidores de startups do mundo, que “novas tecnologias tendem a surgir por meio de novos negócios”.

É muito difícil criar coisas novas em empresas tradicionais, boa parte devido às suas organizações hierárquicas burocratizadas e à costumeira aversão ao risco.

Segundo o fundador do PayPal e um dos primeiros investidores do Facebook, em uma empresa da economia convencional, dar a entender que há algum trabalho sendo feito é, muitas vezes, uma estratégia mais eficiente para a progressão de carreira do que estar realmente trabalhando e gerando resultado.

 

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De fato, sabemos que muitas das empresas que estão mudando o mundo e revolucionando mercados são (ou foram) startups: negócios recém-nascidos, que surgem a partir de um problema e de uma hipótese de como resolvê-lo, compostos por um pequeno time de sonhadores dispostos a construir o futuro.

Essas empresas, por definição, são ágeis e se adaptam facilmente a novas circunstâncias. Elas desenvolvem o seu produto e a sua proposta de valor em conjunto com a sociedade que desejam transformar. E todo esse contexto confere às startups uma vantagem clara na capacidade de inovar.

Entretanto, isso não quer dizer que não há espaço para inovação nos mercados tradicionais. Inclusive cada vez mais grandes corporações estão se aproximando de startups e implementando os seus métodos de gestão e a sua cultura para trazer ganhos de performance exponenciais para as suas organizações.

Uma empresa que obteve muito sucesso em inovar dentro de uma estrutura tradicional foi o Banco Intermedium, que surfou a onda da digitalização bancária.

O banco, fundado há duas décadas, mudou a sua marca para Banco Inter, criou uma plataforma capaz de executar todas as operações de um banco de varejo de forma online e transformou-se em um banco totalmente digital.

Após apenas um ano da oferta pública inicial (IPO) na bolsa de valores, as ações do Banco Inter valorizaram mais de 510 por cento.

A Magazine Luiza, tradicional empresa de varejo brasileira, buscou mais crescimento na tecnologia.

Sob a nova liderança de Frederico Trajano, a empresa criou o Luiza Labs, uma divisão para desenvolvimento de novas soluções, onde nada passa pelas burocracias habituais.

Ali, novos projetos são desenvolvidos, prototipados e testados de forma acelerada. O Luiza Labs é responsável pela criação dos aplicativos da empresa, tão relevantes na nova estratégia omnichannel.

Além dos novos aplicativos e plataformas, que já geram boa parte do tráfego da empresa, a Magazine Luiza também passou por um processo de digitalização das lojas, criando sistemas e aplicativos para gestão de vendas e de estoques.

Essas novas soluções tornaram as lojas mais ágeis e mais eficientes, acarretando maior eficiência operacional e uma melhor experiência para o cliente.

O resultado de todo esse processo ficou bem conhecido: as ações da varejista valorizaram mais de 350 vezes!

No mercado de alimentação, outro segmento historicamente avesso a grandes inovações, a rede de franquias de comida mexicana Oak’s Burritos é um exemplo: inovou trazendo um conjunto de ferramentas, modelos e processos que transformaram a empresa em um negócio ágil e escalável. Ao usar processos típicos de startups na sua gestão, está dando uma cara de startup para a franqueadora.

Com o uso de softwares e automação de processos, o Oak’s conseguiu reduzir a necessidade de suporte humano para as operações.

Um exemplo prático é o sistema que executa todo o processo financeiro e contábil digitalmente, de forma automática, tornando possível o gerenciamento de até 30 unidades com apenas uma pessoa no setor administrativo.

Além disso, os empreendedores desenvolveram um modelo de Partnership para sustentar o crescimento. Em vez de buscar franqueados tradicionais, que normalmente colocam o seu investimento e operam a loja através de manuais, o Oak’s criou dentro de sua cultura a oportunidade de funcionários das lojas se tornarem franqueados da marca.

Com avaliações de performance, rendimento e alinhamento cultural, o time operacional forma excelentes franqueados-operadores que acabam tendo uma qualidade muito superior aos operadores de franquias regulares, por já entenderem de forma ampla o funcionamento da loja e por já terem sido treinados dentro da cultura Oak’s.

O Oak’s encontrou, portanto, uma nova forma de gerar sua receita: não nos tradicionais royalties sobre faturamento, mas sim em uma maior participação na rentabilidade de cada loja, além dos ganhos financeiros que se obtêm pelo empréstimo de capital ao franqueado-operador na abertura de nova unidade.

Esta mistura de inovação tecnológica com burritos, tacos e nachos, gerou resultados interessantes: a receita da empresa cresceu em média 45 por cento ao ano desde 2015.

A novidade é que o Oak’s está com uma nova rodada de captação aberta na CapTable, a plataforma de investimentos em startups da StartSe!

A participação está aberta para qualquer investidor, e o processo de investimento é simples, todo feito online. Nas primeiras 24 horas, foram captados 25 por cento da oferta.

Acesse o link abaixo para conhecer a empresa, a oferta de captação e os riscos associados ao investimento.

> Quero conhecer mais sobre este novo modelo de franquia

 

Os que as empresas mais inovadoras têm em comum?

 

Podemos dizer que uma empresa que tem inovação como negócio principal, está sempre pensando no cliente. Isso implica em pensar e repensar formas de atender sempre melhor, de antecipar suas vontades e desejos e, principalmente, de entregar valor.

Uma empresa que busca entregar valor, está sempre em movimento, e até arriscamos dizer que não tem medo de matar o seu próprio negócio em prol da inovação.

Empresas inovadoras executam esse processo ao longo de suas vidas, portanto, nunca terão apenas um ou dois projetos. Inovar é a sua razão de ser. Só assim, elas irão conseguir se manter no mercado, evitando ou postergando sua fase de declínio.

Sabemos que a cultura da inovação não é algo que se implanta da noite para o dia. É um processo que demanda tempo, dedicação e comprometimento de todos os envolvidos, mas que no fim, vale a pena pois, os benefícios adquiridos superam tudo isso.

 

Debate importante esse, não é mesmo? Quer saber mais sobre as características das empresas inovadoras? Clique aqui e ouça o podcast!

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