1 – Racha

 

Uma ruptura da Amazon pode ser mais iminente do que podíamos pensar. Sempre a luz das ameaças do governo americano de violação de leis regulatórias, Jeff Bezos estaria considerando partir a empresa em dois: o serviço de e-commerce e a Amazon Web Services. Não parece ter gerado uma crise de consciência em Bezos, mas é necessário entender o que isso significaria para a marca. Lembrando que a AWS foi responsável por 52% do faturamento no segundo quarto de 2019..

 

2 – Amazon Prime

 

A empresa de Jeff Bezos lançou por aqui o Prime, seu serviço de assinatura de produtos de entretenimento e compras, que tem mais de 100 milhões de clientes em 18 países. Por R$ 9,90 por mês ou R$ 89,00 por ano, os clientes se beneficiam com frete gratuito ilimitado para todo o país, prazo de entrega máximo de 48 horas em mais de 90 municípios, produtos do Prime Vídeo, com milhares de filmes e seriados; o Prime Music (o equivalente ao Spotify), com um catálogo de mais de dois milhões de músicas; o Prime Reading, que inclui revistas da editora Abril e centenas de livros digitais; e o Twitch Prime, de games.

Logo após o anúncio da Amazon, concorrentes brasileiras perderam R$ 4,7 bi de valor de mercado na bolsa B3. Magazine Luiza, Lojas Americanas, B2W Digital e Via Varejo terminaram o pregão valendo, em conjunto, R$ 103,7 bilhões, contra R$ 108,45 bilhões do dia anterior. O mercado de ações reage muito rapidamente à notícias desse tipo, no entanto, só o tempo dirá o que de fato vai acontecer. O que é certo é que a concorrência cresce cada dia mais, e ter uma estratégia clara de inovação nas grandes empresas não é mais uma opção, é uma necessidade absolutamente urgente. Na pesquisa ACE Innovation Survey 2019, 70% dos executivos brasileiros afirmam que estão sofrendo algum tipo de disrupção em seus segmentos. É preciso agir. Rápido.

Essa é uma estratégia importantíssima para fidelizar o consumidor, pois o preço do frete ou o tempo para receber o produto podem ser impeditivos para a realização de compras online. Agora, com esses benefícios, eles desejam conquistar novos clientes.

Apesar da queda das ações, o varejo brasileiro já estava esperando a chegada da iniciativa premium do grande competidor.

O Submarino – da B2W – lançou, em 2015, o Submarino Prime, em que os assinantes possuem frete grátis. O serviço é vendido em forma de anuidade, por 79,90 reais (totalizando 6,65 reais por mês).

A assinatura é válida apenas para endereços selecionados, e a entrega grátis para produtos específicos. Com a Amazon Prime, a expectativa é que outras varejistas também desenvolvam iniciativas semelhantes.

E não é apenas a Amazon que está de olho no varejo brasileiro – a Alibaba está testando sua recepção em terras tupiniquins. A gigante chinesa de e-commerce abriu uma loja temporária do AliExpress em Curitiba.

Esse pode ser apenas o primeiro passo para uma atuação mais intensa no país – há quem diga que essas empresas estudam adquirir até o Correios!

E você, acha essa uma ideia possível? Como as varejistas brasileiras podem competir com esses gigantes?

 

3 – Investimento autônomo

 

A Aurora, uma startup de carros autônomos fundada por alguns dos pioneiros no setor, recebeu um aporte de US$ 530 milhões. Entre os investidores, figura a Amazon, que diz ver na startup uma empresa com grande foco no cliente. Para muitos especialistas, o time de Jeff Bezos está interessado também nos benefícios que os carros autônomos podem trazer para sua cadeia logística.

 

4 – A nova empreitada da Amazon é o mercado imobiliário

 

Como a Amazon desconhece limites, sua nova empreitada é no lucrativo mercado imobiliário americano. O investimento da vez é em smart homes, escritórios e prédios, todos ultraconectados através de serviços Alexa. Para conquistar esse mercado de smart homes, que, de acordo com o CB Insights, tem um potencial de US$ 7 trilhões, Jeff Bezos não está sozinho, e conta com a Lennar, uma das maiores construtoras americanas.

 

5 – Jeff Bezos vendeu US$ bilhões em ações da Amazon

 

Jeff Bezos vendeu uma soma de US$ 2,8 bilhões em ações da Amazon, onde atua como CEO. Porém, é uma jogada anunciada há algum tempo – nada de falta de cash flow aqui! Bezos já havia dito que venderia cerca de US$ 2 bilhões em ações da gigante do comércio online para investir em sua outra empreitada, a Blue Origin, que quer levar moradores para o espaço.

 

6 – Jeff Bezos continuará no controle da Amazon?

 

Não sei se você soube, mas em janeiro Jeff Bezos anunciou seu divórcio com MacKenzie Bezos, sua esposa há 25 anos. Ela foi uma peça-chave na criação da Amazon.

O divórcio levantou uma questão: como ficaria a divisão de ações da empresa? O fundador poderia perder sua liderança?

A resposta veio nesta quinta-feira (4). MacKenzie Bezos informou, pelo Twitter, que irá ficar com apenas 25 por cento das ações da Amazon que possuía em conjunto com o ex-marido.

Além disso, ela abriu mão também do seu poder de voto. Mantendo 75 por cento de suas ações da Amazon, Jeff Bezos continuará como o sócio majoritário da empresa que fundou — o que o ajuda também a permanecer com o título de homem mais rico do mundo.

A escritora também concordou em ceder todas as suas ações do jornal The Washington Post — adquirido por Bezos em 2013 — e da Blue Origin, empresa espacial fundada por ele. Confira todas as condições do divórcio aqui.

Além da resolução do processo de divórcio, a Amazon continuou a figurar nas manchetes da semana passada.

A empresa está planejando lançar mais de 3 mil satélites para dar acesso mundial à internet.

Sua expectativa é de cobrir 95 por cento da população ao redor do mundo, principalmente para comunidades que ainda não possuem acesso.

A iniciativa a ajudaria a ganhar ainda mais clientes, já que seu primeiro e principal mercado é a internet.

Com mais pessoas tendo acesso a rede, mais chances de utilizarem os serviços da Amazon — e eles estão cada vez mais numerosos à medida que a empresa explora novos mercados.

Isso porque outro anúncio da semana passada é que a Amazon pode lançar seu próprio fone de ouvido sem fio.

Esse seria o primeiro “wearable” (dispositivo usável) da Amazon com assistência da Alexa, sua inteligência artificial, e um passo a frente para torná-la ainda mais presente na vida das pessoas.

 

7 – Pode entrar

 

A Amazon anunciou um novo serviço que é (no mínimo) curioso. A ideia é que o entregador possa entrar na sua casa quando você não estiver lá para deixar suas compras. Você deixaria?

 

8 – Somando os bilhões

 

Imagine o que acontece quando três bilionários poderosos juntam forças para mudar as estruturas de um setor. Em breve será possível ver o efeito disso no setor de saúde norteamericano.

É que Warren Buffett (do Berkshire Hathaway), Jeff Bezos (da Amazon) e Jamie Dimon (do JPMorgan) resolveram parar de reclamar da qualidade da saúde nos Estados Unidos e criar, juntos, uma solução para atender os funcionários de suas empresasJuntos, eles empregam mais de 1 milhão de pessoas no país.

Ainda se sabe muito pouco sobre os planos, mas o certo é que eles querem que outras empresas se juntem à ideia. E tendo em vista as movimentações recentes no setor, esse novo negócio com certeza não passará despercebido. Tanto que as ações de várias empresas do segmento caíram fortemente depois do anúncio.

Não sei bem o que vai sair dessa iniciativa, mas posso apostar que se a Amazon liderar a empreitada, veremos algo grande e diferente por ai. Estou ansioso pelos próximos capítulos!

 

9 – Quem não inova…

 

Será devorado pela Amazon! As ambições da gigante de Seatle vão muito além do varejo, e muitos segmentos devem ficar atentos para essas movimentações. Tendo como pontos fortes os centros de logística a compilação de informações, outros mercados podem estar na mira.

Após comprar uma rede física de supermercados, a Whole Foods, e aprimorar suas técnicas de delivery, o mercado de alimentos nos EUA nunca mais foi o mesmo. Principalmente para comprar online, que tem constante crescimento por lá. A batalha com as grandes redes de supermercados americanas está acirrada (e falamos mais sobre isso daqui a pouco).

A empresa de Jeff Bezos também está de olho no setor farmacêutico. Mas ainda conta com a dificuldade de tirar uma série de licenças necessárias nos Estados Unidos, principalmente para a distribuição de remédios, seu principal foco, de acordo com o CB Insights

Outro mercado que estaria ameaçado é o de empréstimos a pequenas empresas. Com base em muitos dados reunidos pelo Amazon Marketplace, o empréstimo a essas empresas têm ganhado forma e força desde 2011 – especialmente após a crise financeira de 2008. Juntamente com soluções de pagamentos, como a Amazon Cash, a Amazon Reload, a Amazon Pay, e o Amazon Prime Visa. Se o dinheiro puder circular somente em ambiente Amazon, melhor. 

 

Fontes: Startse e Ace

Deixe um comentário