1 – A Apple, o iPhone 11 e as 3 câmeras

A Apple, o iPhone 11 e as 3 câmeras: o famoso #AppleEvent é o momento do ano onde a empresa da maçã apresenta ao mundo seus lançamentos. As novidades vieram (e com elas os memes e as críticas dos desconfiados), Tim Cook e seu time apresentaram, no Steve Jobs Theater, na Califórnia, as três versões do novo iPhone (iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max), que chamou a atenção pelas 3 câmeras do iPhone 11 Pro, o novo recurso pareceu ser bem poderoso. 

2 – Apple Card

Há alguns meses, a grande maçã anunciou seu Apple Card, emitido em parceria com a Goldman Sachs – e ele finalmente chegou às mãos, ou melhor, aos iPhones, de alguns clientes selecionados. A ideia é que, após esse período de testes, chegue aos consumidores americanos até o fim do mês. 

O processo de onboarding do cartão é relativamente simples: basta inserir o endereço, data de nascimento, faixa de renda e os últimos números do Social Security (tipo o CPF americano). Em menos de um minuto, teoricamente, o pedido é aceito – ou declinado – e o usuário já encontra o cartão no app Apple Wallet. 

O objetivo não é ser uma nova concorrente a cartões premium, mas sim dar um amplo acesso ao uso de cartão de crédito para usuários de iPhone. A interface do aplicativo para acompanhamento também é bastante amigável, com informações detalhadas de tendências e categorização de gastos, além do nome dos lugares onde é usado. Uma versão física o cartão também estará disponível.

3 – De volta para as cabeças

Todo ano a revista Fast Company faz uma lista com as empresas mais inovadoras do mundo. E a edição de 2018 acabou de sair.

O ranking tem a Apple na liderança. A empresa é a única que está na lista desde a primeira edição, em 2008, mas já fazia um bom tempo que o pessoal de Cupertino não sentia o gostinho da liderança (a última vez foi em 2012).

A volta para as cabeças foi influenciada por uma série de lançamentos, como os AirPods, HomePods e o iPhone X. Em uma entrevista para a revista, Tim Cook falou um pouco sobre o espírito inovador da empresa.

Quem quiser, pode ver a lista da Fast Company dividida por setor econômico ou por região do mundo. Tem alguns brasileiros por lá, como a 99, a Magazine Luiza e o Nubank.

4 – Apple anuncia 4 novos produtos

No último dia 25 de março, a Apple anunciou quatro novos produtos. Nenhum deles foi um novo iPhoneMaciPadApple Watch ou Apple TV.

Diferentemente de outros eventos da empresa, a anúncio envolveu quatro novos serviços:

  • Apple TV+;
  • Apple News+;
  • Apple Arcade; e
  • Apple Card.

O evento chama atenção porque, até então, os grandes anúncios da empresa eram focados em novos dispositivos.

Dessa vez, a Apple anunciou três serviços de assinatura e um serviço financeiro.

Se há 10 anos, divulgássemos a possibilidade de a Apple entrar no mercado financeiro, nos chamariam, no mínimo, de mal-informados.

Hoje, não só a Apple “é uma fintech“, como também existem fortes rumores de que a empresa planeja entrar no mercado de carros autônomos.

É sobre isso que falamos quando falamos sobre concorrência transversal.

Em 2007, a mesma empresa que agora entrou no ramo financeiro, revolucionou o mercado de telefonia móvel quando ainda era somente uma empresa de computadores.

Até o anúncio do iPhone, a Apple não era concorrente da Nokia. Desde então, nesses últimos dez anos, o que aconteceu com a Nokia?

E o que vai acontecer com outras empresas de serviço, ou com o próprio mercado de crédito, agora que a Apple “deu uma guinada” para esses setores?

Importante lembrar que essa mudança surge por uma simples questão de sobrevivência: a Apple não está mais conseguindo inovar no mesmo ritmo em seus principais produtos.

E sabe que para continuar competitiva, precisa inovar constantemente, mesmo que não seja em seus produtos “clássicos“.

A consequência é clara: na Nova Economia, a concorrência pode vir de qualquer setor, não apenas do seu mercado.

Tudo isso pode parece assustador, mas também existem excelentes oportunidades de crescimento nesse movimento.

Porém, quem não for capaz de se reinventar constantemente e de desenvolver novas habilidades infelizmente ficará para trás nessa corrida.

Fonte: Startse

 

5 – Diversificando o portfólio

A Apple estaria em conversas para comprar a divisão de chips para celulares da Intel. O deal envolvendo a área de modems para smartphones teria cifras em torno de US$ 1 bilhão. Com isso, a grande maçã teria acesso a importantes patentes e centenas de engenheiros para desenvolver as próprias tecnologias. As negociações estariam avançadas e, de acordo com o The Wall Street Journal, poderiam chegar a um fim já na próxima semana.

Isso, no entanto, pode ser um perrengue para a Qualcomm, maior concorrência nesse mercado, e com quem a Apple tem um contrato de 6 anos para a produção dos chips de seus iPhones. A ver. 

Ainda na linha novos mercados, a Apple adicionou mais um ex-Tesla à sua folha de pagamentos. Steve MacManus, ex-VP de Engenharia da fabricante de carros desde 2015, assumiu uma nova posição como Diretor Sênior. Migrou ali de Palo Alto para Cupertino e ainda levou dois engenheiros consigo. 

Isso pode ser um indício do um revival do não tão secreto Projeto Titan, o carro autônomo com o selo Apple.

 

6 – A saída de Jony Ive

 

Sim, o assunto da última semana foi a saída de Jony Ive da Apple. Com isso, levantou-se o debate de como a grande maçã lidaria com a saída do Chief Design Officer, dado como a grande mente criativa na era pós Steve Jobs. Alguns pontuam que ele era o último link com o jeito “Jobsian” de enxergar a inovação, já que foi sob a liderança dele que masterpieces, como o iBook, iPod, até o Apple Watch, foram lançados. 

Ive sai da Apple para montar seu próprio estúdio de design, o Loveform, cujo primeiro cliente é ninguém menos que a própria fabricante do iPhone. O que nos leva a crer que, o homem não está mais por lá, mas sua influência certamente ainda paira. Na verdade, nos bastidores comenta-se que essa saída é planejada há quatro anos, quando o CDO saiu da rotina do time de design – ficando apenas para as decisões mais importantes e reuniões. 

Por ora, o time de design irá reportar-se a Jeff Williams, o diretor de operações, e até onde se sabe, a Apple não está na busca de alguém para preencher a vaga. Isso corrobora com a teoria do Wall Street Journal de que a saída de Ives apenas “cimenta” a vitória do departamento de operações sobre o de design.

Recuperada da queda das ações pós anúncio, resta agora à Apple desenhar como será seu futuro. Se continuarão bebendo da fonte Ives ou se vão abrir espaço para um refresh e um novo talento. 

 

7 – Um novo conceito

 

A gente costuma ver análises do quanto a Apple mudou mercados como o de smartphone e tablets. Mas essa reportagem do Gizmodo mostra como a empresa também influenciou uma nova onda no mercado de microcomputadores quando lançou seu Macbook Air – uma máquina muito mais leve e fina do que os concorrentes de então.

 

8 – Nenhuma revolução no horizonte da Apple

 

Nesta semana a Apple teve sua Worldwide Developers Conference. Durante duas horas a grande maçã apresentou melhorias em todos seus gadgets e produtos. E foi justamente aí a questão. Ela não apresentou nada de necessariamente novo ou inovador – focou basicamente na melhora da performance do que já tem no portfólio. O que, por exemplo?

Muito comentou-se das configurações do novo Mac Pro, com processadores tão poderosos que faltam fazer a máquina voar. Outro anúncio que deu o que falar foi o Sign in with Apple, nos mesmos moldes que hoje já temos do Google e do Facebook. A vantagem aqui é a segurança e a privacidade, já que o login Apple não irá compartilhar nenhum dado do usuário – nem mesmo o e-mail.

Além de uma série de melhorias (que você pode ler aqui), no IOS 13, a Apple vem mostrando todo um esforço em deixar o Apple Watch menos dependente do celular, ganhando uma Apple Store própria e apps nativos.

9 – Publicidade grátis

O quarterback do time de futebol americano Pittsburgh Steelers Ben Roethlisberger recebeu uma multa de US$ 5.000 por usar um Apple Watch no campo. As regras do jogo não permitem nenhum tipo de device capaz de receber ou transmitir qualquer tipo de dados. Quem saiu ganhando foi a Apple, que viu seu relógio receber muita mídia grátis. O marketing agradece.

10 – Luz, iPhone, ação

Steven Sordebergh é um diretor premiado (tem inclusive um Oscar no currículo). Agora ele resolveu inovar não só na história ou no jeito de contá-la. Seu próximo filme, Unsane, é um thriler psicológico que foi todo gravado com um iPhone. Pelo que vi no trailer, não consegui notar qualquer a diferença de filmes gravados com equipamentos tradicionais.

 

Textos de Pedro Waengertner

 

 

 

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