É incrível como muitas empresas ainda não se deram conta da necessidade eminente de inovar. Inovação deixou de ser prerrogativa e passou a ser questão de sobrevivência.

E mais: é certo que algum concorrente vai destruir o seu negócio. Enquanto isso não acontece, é melhor que você mesmo o faça e lidere o processo de canibalização.

Nesta semana vimos uma amostra do quão rápidos são os ciclos de evolução atualmente. Elon Musk anunciou que em 2020 espera ter uma frota com 1 milhão de táxis autônomos da Tesla nas ruas dos EUA.

Caso isso se concretize, será a quarta onda de um processo de transformação do mercado tradicional de táxis. O Uber foi fundado em 2009, como alternativa de carona para as pessoas.

Depois, em 2011, vieram os aplicativos de táxi, que tiveram sucesso absurdo em vários lugares do mundo. Sucesso que foi freado, poucos anos depois, pela dominância absurda de Uber, Didi e Lyft.

Logo depois, surgiram os impressionantes serviços de compartilhamento de bicicletas. Quase 1 bilhão delas estão nas ruas do mundo todo. Sem falar nos seus primos, os patinetes. E, por fim, chegamos no anúncio de Elon Musk.

Ou seja, desde a fundação do Uber, em 2009, até o anúncio desta semana, são apenas 10 anos.

E inovações que vieram trazendo sempre novos desafios e oportunidades para uma indústria que operou de um único jeito durante 1 século.

Esse movimento rápido no mercado não é um ponto fora da curva. Lembra da Nokia? Em 2007 ela era líder na venda de celulares, com 1 bilhão de aparelhos ativos e 65 por cento de participação no mercado.

Mas foi nesse ano que a Apple lançou o iPhone. E foi em 2008 que o Google lançou o Android.

O que aconteceu depois? Em 2010 a participação da Nokia no mercado de celulares caiu para 6 por cento. Em apenas 3 anos, a empresa desmoronou.

Uma frase do CEO da empresa, à época, ficou famosa. Ao desprezar o potencial dos concorrentes, ele disse: “Isso é como fazer xixi na calça no inverno. O alívio temporário é seguido por algo ainda pior.

Ele até podia aceitar que seus clientes experimentassem aparelhos dos rivais, mas tinha a certeza de que eles voltariam para consumir seus produtos. Errou feio.

O pior caminho que uma grande empresa pode seguir é o do desprezo em relação às inovações que vêm de fora. Porque, quando elas surgem, você pode interpretá-las como um terremoto.

Dura alguns segundos, assusta, mas logo para. Só que você esquece que depois do terremoto vem o tsunami, que arrasa tudo por onde passa.

Assim são os ciclos de inovação. No primeiro momento, o iPhone parecia coisa de maluco. Afinal, desde que o mundo é mundo, telefone tem botão! A partir daí, tudo é história.

 

Fonte: StartSe

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