Se você conhece alguém que nasceu entre o começo dos anos 80 e o final dos 90 (Millennials ou Geração Y), tem algo que nem o governo, nem eles mesmos, querem admitir: eles estão ferradosmuito ferrados.

Enquanto o Brasil comemora o “salto” que foi crescer 0,4 por cento no trimestre, todos estão cruzando os dedos para que a situação não piore e o número de desempregados não aumente (já chegamos aos 13 milhões).

Recessão nunca foi bom para ninguém. Você lembra de 2008, quando passamos por uma crise mundial?

Nos EUA, os Millennials pegaram essa grande crise (2008), e ainda não se livraram dela totalmente. Especialistas apontam que essa poderá ser, nos EUA, a primeira geração na história moderna a ficar pior que a dos seus pais.

E a causa disso não foi só da crise de 2008, foi bem antes…

Quem não aprende com a História…

Nos anos de 1980 os EUA passaram por uma crise, principalmente, por conta de não conseguir responder às novas concorrentes internacionais que estavam surgindo, como Alemanha e Japão, tirando o mercado dos americanos interna e externamente.

Isso fez a Geração Y se formar no pior mercado de trabalho em 80 anos. Uma década inteira de salários perdidos.

Os impactos estão presentes ainda nos dias de hoje. Em 2014, os Millennials não eram economicamente melhores que a geração anterior (X) e ainda eram 10 por cento piores que a geração Baby Boomer (nascidos entre 1945 e 1965).

Tudo isso mesmo com a economia atual mais rica e tecnológica que as anteriores.

Como o mercado de trabalho piora com as crises, a geração que passa por isso tende a aceitar qualquer coisa para sobreviver. Os que chegam na faculdade, fazem dívidas estudantis que muitos não podem pagar. E quando se formam, não têm condições de comprar um imóvel, pois precisam trabalhar para terminar de pagar a dívida da faculdade.

Ter um imóvel pode parecer muito velha economia, mas ainda é uma forma de gerar riqueza. Se você duvida, basta olhar para as gerações anteriores: afinal, elas são muitas vezes donas das casas e apartamentos alugados pelos millennials.

No Brasil a situação é bem semelhante. Enquanto nos governos anteriores tivemos um boom no crescimento de renda dos Millennials das classes C e D, de 2014 para cá esse crescimento virou pó.

Hoje temos 13 milhões de desempregados, alguns com mais de 2 anos sem voltar para o mercado ativo. E quando voltarem, provavelmente ganharão menos do que antes da crise.

boom do mercado imobiliário também não foi aproveitado por boa parte dos millennials brasileiros, mesmo com as baixas taxas de juros.

A dívida estudantil do brasileiro também aumentou: 3 em cada 5 estudantes que usaram o FIES (Financiamento Estudantil) estão inadimplentes em 2019.

São 13 bilhões de reais em dívidas.

Se colocarmos na ponta do lápis, a geração Y vale menos que as anteriores. O patrimônio deles é 20 por cento menor que seus avós (Baby Boomers) e 40 por cento menor que a de seus pais (Geração X).

Enquanto a geração Baby Boomer ocupa os cargos mais altos (e bem pagos) nas empresas, possuem mais riqueza, carro e imóvel próprios, os millennials estão se saindo piores que os seus pais, segundo o Banco Credit Suisse.

No Brasil, os profissionais na faixa dos 40 aos 64 anos chegam a ganhar quase 30 por cento a mais que os profissionais entre 18 e 39 anos. Para quem tem acima de 65 anos, essa diferença sobe para 38,9 por cento em relação à turma mais jovem.

Instituições como FMI e Banco Mundial reduziram recentemente as previsões de crescimento sobre a economia global. Isso, somado à Guerra de Preços EUA x China e os impactos que isso trará aos países dependentes dessas economias, indica que estamos próximos de outra Crise Global.

Uma nova crise levará ao aumento do desemprego e salários mais baixos forçará a Geração Y esperar ainda mais para acumular riqueza, conseguir bons empregos e salários, saírem do aluguel ou até mesmo se casarem e terem filhos.

No Brasil, fora isso, temos a Reforma da Previdência que não se resolve, investidores que não voltam a investir por aqui, China, nossa maior parceira comercial, disposta a comprar menos da gente se não agirmos de maneira sustentável, a crise na Amazônia causando mal estar internacional com outras nações.

Isso tudo não impacta só essa geração. Há evidências de que o crescimento e desenvolvimento mundial como um todo estaria melhor e mais acelerado se os Millennials pudessem comprar casas, ter famílias, iniciar negócios e gastar como as outras gerações.

Realmente, tudo isso nos deixa com o sinal de alerta ligado. Entretanto, há um sinal de perigo ainda mais importante aparecendo: se tudo já torna a Geração Y a menos próspera até aqui, o que será da Geração Z?

 

Os Millennials podem virar o jogo?

Apesar de tudo que você leu acima… sim, eles podem. O cenário econômico atual pode não ajudá-los, mas uma simples característica dos millennials (que não é tão típica das gerações passadas) pode mudar completamente o jogo.

Estamos falando da capacidade que a maioria desses jovens têm de estar por dentro de todas as inovações tecnológicas que vão impactar (e já estão impactando) o mundo e o futuro do trabalho.

Enquanto muitos Baby Boomers ainda possuem uma certa “resistência” para se inteirar sobre estes assuntos, acreditando que não serão afetados por tais mudanças, o millennial pensa diferente.

Ele conhece as tendências. Ele sabe como a tecnologia vai impactar sua carreira e ele sabe que, se não estiver ciente disso, será passado para trás.

Uma dessas inovações — a que provavelmente merece mais atenção no momento — é o conceito de Inteligência Artificial, que é o único desenvolvimento atual que tem capacidade de mudar absolutamente todos os mercados:

 

 

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E enquanto muitas empresas buscam Inteligência Artificial para seus negócios, poucas sabem como ela realmente funciona…

A maioria oferece Automação de Processos pensando (erroneamente) que se trata de Inteligência Artificial, mas I.A. está muito longe de ser isso.

Contratar millennials é uma boa ideia?

 

A Deloitte Global Millennial Survey 2019, uma pesquisa realizada nos 6 continentes, mostrou que os millennials e a chamada Geração Z estão mais desiludidos e pessimistas do que nunca em relação à sua vida pessoal, profissional e ao mundo.

Foram entrevistados 13.416 millennials de 42 países e 3.009 membros da Geração Z de 10 países. Os millennials incluídos no estudo nasceram entre janeiro de 1983 e dezembro de 1994, enquanto os membros da Geração Z nasceram entre janeiro de 1995 e dezembro de 2002.

Alguns dados que você verá a seguir podem ser preocupantes se você é dono de um negócio ou recrutador:

— Top Ambições: 57 por cento dos millennials disseram que viajar é seu maior desejo, seguido por serem prósperos financeiramente (52 por cento), terem sua própria casa (49 por cento), causar um impacto positivo na sociedade (46 por cento) e começar sua família (39 por cento);

— Pessimismo: apenas cerca de 26 por cento esperam que a economia no seu país vai melhorar no próximo ano. Mais de 50 por cento acreditam que sua situação financeira vai piorar ou continuar a mesma no ano seguinte;

— Demissão: além de 49 por cento dos millennials terem afirmado que abandonariam seus empregos em 2 anos, 25 por cento afirma já ter feito isso antes. Apenas 28 por cento disse que continuaria na mesma empresa por ao menos 5 anos. As principais razões listadas pelos jovens para abandonarem seus empregos são: insatisfação com os benefícios, falta de plano de carreira e oportunidades para se desenvolver profissionalmente, entre outras.

E o dado que mais merece mais atenção por parte dos donos de empresas: 50 por cento dos jovens entrevistados disseram que pensam em entrar para a “Gig Economy, isto é, trabalhar como freelancers ou autônomos. Segundo a pesquisa, as principais razões para isso são as chances de terem ganhos maiores, maior flexibilidade e mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Sabendo que os desejos e necessidades dos millennials – que são os profissionais do futuro – são completamente diferentes das outras gerações, o que você pode fazer para atrair e reter esses talentos na sua empresa?

Este é, provavelmente, o maior desafio dos gestores atuais. Afinal, todo e qualquer negócio depende das pessoas que estão nele. Lembre-se, você não constrói uma empresa: você constrói um time, e o time faz a empresa.

A solução que nós da StartSe encontramos para isso está num modelo de Partnership que já foi aplicado e validado em empresas como a XP Investimentos, que hoje tem mais de 1700 colaboradores. Estamos replicando este mesmo modelo há 4 anos aqui na StartSe, e os resultados que colhemos ano após ano são:

— Colaboradores entregando os melhores resultados possíveis dentro de seu campo de atuação;

— Pessoas que trabalham como se fossem donos da empresa, sem precisar de ninguém cobrando nada;

— Clima organizacional excelente, com todos mais felizes por terem liberdade, flexibilidade e bonificações justas (tudo que os millennials desejam);

— Lucros exponenciais para o nosso negócio (já aumentos de tamanho 25 vezes nesses 4 anos de existência!)

E o único segredo disso é que, simplesmente, estamos replicando um modelo que já foi testado e validado em outras empresas de sucesso.

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