De acordo com estudo feito em Oxford, algumas profissões tem enorme chance de serem eliminadas, entre elas: o telemarketing, com 99% de chance; caixa de banco ou supermercado: 98%; Motorista de táxi: 94%; Cozinheiro de lanchonete: 81%
A automação, neste momento, não está ligada necessariamente à inteligência artificial mas obviamente, com toda a inovação tecnológica que está ocorrendo, assim que conectar a ia aos robôs, a aceleração de substituição de humanos pelas máquinas ocorrerá em uma velocidade jamais vista na história da humanidade.
O grande problema é que as profissões que estão sendo eliminadas, principalmente em países desiguais, onde o nível de educação é muito baixo como o Brasil, são as ocupações que mais empregam. Uma quantidade enorme de gente engordarão os índices de desemprego.
Com o desemprego vem o aumento da criminalidade, o aumento do índice de suicídio, o aumento da pobreza e desestruturação familiar. O emprego é realmente uma coisa muito boa para o ser humano, não só do ponto de vista financeiro, mas do ponto de vista do equilíbrio emocional e do equilíbrio da vida em sociedade. Romper esse equilíbrio é algo extremamente perigoso.
Os especialistas de Oxford alertam também que para sobreviver no futuro, será preciso evitar competir com a inteligência artificial. Para o economista Richard Baldwin, autor de “The Globotics Upheaval” além de evitar competir com a ia, os trabalhadores precisarão focar em atividades que, por enquanto, só os humanos conseguem fazer. Já Douglas Adams, autor do livro “The Ultimate Hitch Hiker’s Guide to the Galaxy”, prevê uma sociedade dividida em 3 grupos:
- o primeiro estarão líderes brilhantes, cientistas, artistas e integrantes do topo da escala financeira
- no segundo, trabalhadores das áreas de serviços, produtores de entretenimento, seguranças e assistentes pessoais
- Para esse terceiro grupo, Adams tem um conselho: pegue uma carona para outro planeta ou galáxia.como diz o título do livro dele.
O professor Andrés Oppenheimer, no livro “The robots are coming” também acredita que a sociedade do futuro também vai se dividir em 3 classes:
- Na primeira estarão as elites, aqueles que vão se adaptar a todas as mudanças e continuaram no topo da renda
- Na segunda, estarão aqueles que vão prestar serviços para o primeiro grupo, neste grupo estarão uma ampla categoria que vai de personal trainers a especialistas em técnicas de beleza, professores de dança e até cursos de meditação.
- Na terceira classe: estarão aqueles que não conseguirem se enquadrar nessas atividades e terão que receber uma renda mínima do governo na condição de vítimas do avanço tecnológico.
A idéia da renda mínima também é defendida por um grupo de bilionários liderados por Mark Zuckerberg, para ele, quem ficar de fora do mercado de trabalho no futuro, terá que receber uma renda básica. Isto será decisivo para evitar uma revolução ou a quebra do equilíbrio da vida em sociedade.
No Reino Unido, o governo começa a treinar a população para o novo mercado de trabalho dominado pela inteligência artificial. 18,5 milhões de libras serão investidos em programas destinados a preparar a população adulta para essa nova realidade do mercado de trabalho. O dinheiro equivalente a cerca de 100 milhões de reais é apenas parte de um programa voltado para pessoas que exercem atividades que podem ser substituídas por robôs e que serão treinadas em novas tecnologias. O governo britânico também vai financiar o desenvolvimento de novos sistemas de ensino online que terão como foco principal o treinamento de adultos.
Um documento do governo britânico alerta que o uso cada vez mais intenso da inteligência artificial, vai alterar de forma radical setores da indústria, comércio e serviços. Ao mesmo tempo em que as novas tecnologias têm potencial para adicionar alguns bilhões à economia do país, também tendem a eliminar um grande número de empregos. Diante desta realidade, o governo britânico vai financiar bolsas de estudo na área de computação, visando formar mão de obra especializada para as novas funções. A ideia é suprir o mercado com oferta de pessoas treinadas, tanto para funções mais simples como para os níveis de mestrado e phd. O governo inglês planeja ainda o pagamento de uma renda mínima aos trabalhadores que não conseguirem se requalificar para esse novo mercado.
Supermercados franceses estão funcionando sem empregados em alguns horários. Aos domingos à tarde e durante a noite, só os seguranças trabalham. Há décadas, os sindicatos franceses cobraram dos supermercados que liberassem os funcionários aos domingos e à noite.
Agora, algumas redes atendem a essa reivindicação, mas por outros motivos. Elas iniciaram uma experiência para testar o funcionamento das lojas sem empregados. Nas tardes de domingo, os clientes podem fazer suas compras e pagar com o celular. E isso vale também para o período noturno, depois que os funcionários dos caixas vão embora. Câmeras de vigilância acompanham tudo para evitar furtos. Muitos clientes preferem essa opção por ser o único horário de que dispõem. Para os funcionários, no entanto, o risco é que o sistema se amplie e que eles acabem perdendo seus empregos.
Para garantir um lugar no futuro é importante se antecipar às mudanças e ter ideias originais e criativas. O crescimento populacional está em queda, especialmente nos países mais desenvolvidos, e as pessoas estão vivendo mais e isso leva a uma demanda por certas profissões. O número de pessoas que passam de 80, 90 e até 100 anos não para de aumentar. E isso será um fator positivo para a sociedade para a geração de empregos já que, acredito, os idosos preferirão cuidadores humanos às máquinas.
No japão, há uma tendência que pode ser providencial. Como existe uma alta probabilidade de aumento do desemprego, coincidentemente ou não, os japoneses estão trabalhando menos horas por dia, a explicação é que eles estão se sentindo exaustos, porém, isso veio a calhar nesse momento. Se mais pessoas trabalharem menos horas, menos pessoas ficarão desempregadas. Pelo menos por enquanto. Seria uma forma de absorver o impacto do desemprego em um primeiro momento.
Uma dica que pode ser preciosa para quem luta para permanecer no mercado, se você reclama de que atualmente exerce 2 ou 3 funções ganhando apenas um salário, saiba que, com as novas tecnologias, a tendência é que isso não apenas permaneça mas até aumente. É bom ir se preparando para uma quarta ou quinta função.
Os robôs assume o comando nas linhas de produção, enquanto a tecnologia da informação automatiza o trabalho dos escritórios. A melhor dica para o momento é ficar de olho nas novas profissões que estão surgindo, como por exemplo, o especialista em segurança de TI, cientista de de dados, especialistas em inteligência artificial, especialistas em linguagem natural de máquinas, especialistas em veículos autônomos entre outras. Cargos que não existiam há poucos anos.
As tarefas que possuem muita rotina são as mais ameaçadas. Ao contrário daquelas que exigem interação com seres humanos e criatividade. Para certas atividades na área de saúde e assistência, os robôs não deverão substituir os humanos, pelo menos tão cedo.
Veja o impacto provável para algumas profissões de nível superior:
- Arquitetos: Como os softwares estão aprendendo artes, (já tem robôs que pintaram quadros e compuseram músicas) tem o seu risco, porém, os profissionais que restauram monumentos antigos deverão ser afetadas por último, já que são nichos específicos e exigem um conhecimento de artes e cultura elevados.
- Engenheiro: É bastante provável que sejam substituídos aos poucos, já que se trata de uma área de exatas, e nisso as máquinas são boas. Já existem impressoras 3d que constroem casas, o próximo passo, acredito, será você planejar sua casa em uma espécie de programa 3d e enviar os dados para a impressora, ela deverá fazer todos os cálculos necessários e imprimir o básico (alvenaria, tubulação e elétrica) e o acabamento, por enquanto. ficará para os humanos. Engenheiros que avaliam o solo deverão ser os últimos a serem substituídos.
- Professores: Possuem um alto risco de serem substituídos, pelo menos na função de transmissão de conhecimento, neste quesito, o Google já é melhor do que a maioria dos profissionais da área. Fica então a função de ensinar a aprender. A função de desenvolver as habilidade humanas que serão necessárias para se adaptar a esse novo mundo.
- Dentistas: Devem ficar entre as últimas profissões tradicionais a serem substituídas pois se trata de um trabalho manual, artesanal, artístico e com um volume enorme de variáveis.
- Médicos: Alto risco de substituição para a maioria, pois se trata de uma atividade onde deverão ser analisados os inputs (no caso, os sintomas e o histórico médico) baseados nessas informações e estudando quase que em tempo real todos os papers do mundo sobre o assunto e portanto com alta probabilidade de acerto, a ia dará o diagnóstico e proporá o tratamento. Sem falar nos robôs que farão cirurgias com mais precisão.
O ponto de inflexão na área médica será quando as máquinas começarem a ter um índice de acerto maior do que os médicos humanos, dessa forma, será quase certo que as pessoas começarão a preferir a se consultar com elas. A boa notícia é que, neste primeiro momento, a ia está mais ajudando os médicos do que competindo com eles.
- Advogados: Alto risco de substituição: O software lerá todos os resultados dos julgamentos semelhantes ao caso da pessoa em segundos e orientará a defesa segundo a jurisprudência. Também, o ponto de inflexão será quando o software começar a vencer mais casos do que advogados humanos.
- Psicólogos: Em um primeiro momento, pessoas fragilizadas emocionalmente, preferirão ser atendidas por seres humanos. Porém, haverá aplicativos com os quais as pessoas irão se familiarizando aos poucos e gostando da interação. Esses apps terão um software gerenciado por ia que saberá o que dizer e com o tom de voz mais adequado para o momento, analisando o histórico da pessoa, provavelmente avaliando rastros e indícios de flutuação emocional deixados nas mídias sociais do paciente, de seus familiares e amigos, varrerá a internet em buscas de pistas sobre o comportamento do paciente e dos tratamentos mais adequados, fará um diagnóstico mais preciso e orientará com elevado nível de acerto.
- Jornalistas: Serão altamente impactados. A ia já é capaz de escrever textos em linguagem natural. Os softwares de informação deverão varrer a internet e trazer para você, na linha do tempo das suas mídias sociais, informações que você considera relevante. Faça um teste neste site: talktotransformer.com Você inicia uma frase, em inglês, e a ia completa o texto para você.
Acredito que as pessoas ainda não se deram conta da gravidade do problema. A humanidade experimentou grandes transformações e está achando que, como conseguiram se adaptar a elas, conseguirão agora também na mesma velocidade. O problemas é que as grandes revoluções da humanidade ocorreram em uma velocidade extremamente lenta se comparadas com as que ocorreram nos últimos anos e mais lentas ainda, em termos relativos, às que estão prestes a ocorrer. Em pouco tempo, a velocidade das transformações aumentará exponencialmente até atingirmos a singularidade, que é quando a ia ultrapassará a inteligência humana.
Acreditar que vamos nos adaptar da mesma forma que nos adaptamos até agora é uma ingenuidade.
É preciso nos antecipar e nos preparar para tentarmos minimizar o impacto e estudarmos formas de coexistir com as máquinas. O cenário perfeito, mas não sei se possível, seria as máquinas fazerem os trabalhos que os humanos não gostam de fazer e as pessoas se ocuparem com coisas que realmente as façam felizes e lhes dão prazer.
Um amigo me perguntou em um brainstorming uma vez: E quando as máquinas fizerem absolutamente tudo para a gente? O que faremos? Não precisaremos nem de dinheiro. Não soube responder.
Gostaria de acreditar que acharemos uma solução e que aproveitaremos a oportunidade para fazer o que as pessoas geralmente, no final da vida (quer por estarem com idade avançada ou com doenças terminais) falam: deveria ter trabalhado menos, ter visto mais vezes o sol se por, viajado mais, ter ficado mais tempo com a família e amigos e principalmente com os filhos.
Texto baseado no programa Matéria de Capa da TV Cultura
As 6 armas do ser humano contra a máquina (Fonte: Startse)
Você já conhece e domina as armas do ser humano contra a máquina? Se você ainda não as conhece, vamos te apresentar todas as seis agora.
Para isso, nossas competências serão divididas em dois grupos: um das que estão se desvalorizando, e outro das que estão se valorizando muito…
E nas quais todo Profissional de RH já está de olho.
Para explicar as principais diferenças entre estes grupos, vamos usar computadores na analogia. Neste caso, as “competências” da máquina são divididas em:
hardware e software
O hardware é a parte física do computador, as teclas, a tela, os componentes…
Enfim, tudo o que podemos dimensionar, seja olhando, tocando ou medindo.
O software são os sistemas…
O que dá funcionalidade para as teclas, para tela, e para todos os componentes.
O software determina como o hardware vai operar.
No caso do ser humano, nossas competências são divididas entre:
Hard Skills:
Tudo o que somos capazes de produzir que é possível ser dimensionado…
Um projeto, uma meta de vendas, um prédio, um carro, enfim…
Tudo o que é possível ser medido.
E Soft Skills:
Que são resumidas na forma como comandamos nossas Hard Skills.
As Soft Skills influenciam nosso modo de agir, nossa interação social, a maneira como manipulamos dados…
Enfim, é o modo como refletimos nossa mentalidade em nosso comportamento.
As Soft Skills estão extremamente valorizadas, porque são elas que nos tornam seres tão individuais.
É o que nos diferencia da máquina.
Não precisamos de programação. Somos instintivos e racionais.
Somos Seres Humanos.
A evolução das máquinas, no entanto, é facilmente capaz de substituir todas as nossas Hard Skills eventualmente…
Porque as Hard Skills são habilidades programadas, e, em geral, o que for programável, uma máquina pode fazer.
Mesmo coisas relativamente abstratas e que não sigam necessariamente um padrão.
No entanto…
Em nenhum destes cenários elas atuam sozinhas. Pelo menos por enquanto.
Afinal, neste momento, as máquinas ainda não são capazes de criar dados.
Você ainda precisa de advogados e jornalistas injetando dados nelas.
Então, as máquinas até podem produzir coisas de qualidade impecável, mas elas continuam dependendo da gente.
Nossas Soft Skills ainda são muito mais sensíveis e avançadas que as de qualquer máquina.
Logo, em um cenário de coexistência entre homens e máquinas…
Estas são 6 as armas no campo das Soft Skills para o ser humano triunfar sobre as máquinas na disputa no mercado de trabalho:
— Comunicação;
— Liderança;
— Pensamento Criativo;
— Ética Corporativa;
— Empatia;
— Resiliência.
A única dúvida que resta é:
Será que o RH da sua empresa está preparado para reconhecer, desenvolver e valorizar profissionais com domínio dessas 6 armas?