1 – Cassada
A Uber perdeu sua licença de funcionamento em Londres, após a descoberta que mais de 14 mil viagens foram feitas por motoristas com registros falsos no aplicativo. A startup teve dois meses de aviso para fazer as devidas regularizações, como fazer um check das identidades do motoristas e do seguro dos carros, obrigatório por lá. De acordo com as autoridades, a Uber estava colocando seus passageiros em risco, e não é própria para funcionamento. Isso não significa, no entanto, que os motoristas do aplicativo vão parar de circular imediatamente. A empresa entrou com um recurso e segue suas operações até um veredito.
2 – Não está sendo fácil
Consequência dessa perda, as ações da Uber caíram 6,3% nesta semana. Isso representa uma queda de US$ 3 bilhões no valuation da startup. De acordo com analistas, isso é um sinal ainda dos desafios regulatórios que a empresa pode sofrer em algumas cidades. Além disso, Londres representa uma quantia significativa de receita e, na perspectiva de nunca ser lucrativa, todo centavo conta.
3 – No vermelho
Mesmo com um crescimento de 30% no faturamento – foram US$ 3,8 bilhões no Q3 -, a Uber segue fechando suas contas no vermelho, com um prejuízo de US$ 1,2 bilhão no período. Ainda que o resultado tenha sido melhor que o esperado por analistas, não foi suficiente para reanimar o mercado. Após a divulgação do balanço, as ações da empresa caíram cerca de 6%.
4 – Uber lança novo design para o Uber Eats Delivery Drone
O Uber Eats e o Uber Elevate oferecerão jantar para dois via drone a partir do próximo verão em San Diego. Apresentado no Forbes Under 30 Summit da semana passada em Detroit, o design de drones de entrega apresenta seis rotores, asas rotativas e pode levar uma refeição para dois em seu corpo. Embora o tempo máximo de viagem do drone permaneça relativamente curto (oito minutos incluindo carga e descarga), ele tem capacidade de percorrer uma distância de 30 quilômetros, dividido em três pernas de 10 quilômetros (do ponto de carregamento de energia ao restaurante, do restaurante ao cliente e a volta para a base).
O plano atual envolve voar de restaurantes para um local de teste, no qual um motorista do Uber percorre a última milha para entregar ao consumidor. No entanto, de olho no futuro da entrega automatizada de última milha, a Uber também está pensando em pousar drones nos telhados dos carros de entrega.
É bastante provável que, em breve, começaremos a testemunhar a comercialização de drones autônomos para tudo, desde entregas de comida e produtos comprados na Amazon até ajuda humanitária. Se a tecnologia “pegar”, teremos dois principais impactos:
- Diminuição abrupta da contratação de humanos para entregas
- Aumento da contratação de humanos para a manutenção e programação de drones
5 – Uber Money
Nessa semana a Uber anunciou mais um spin off: a Uber Money. O público, a princípio, dessa nova iniciativa são os mais de 4 milhões de motoristas que o aplicativo tem pelo mundo. O serviço vai oferecer uma carteira digital, bem como cartões de crédito e débito. Segundo executivos da startup, nada os impede de oferecer o mesmo aos usuários em um futuro próximo. O que não se faz para sair do vermelho, não é mesmo?
A Uber possui um novo empreendimento – e não é no setor de corridas. A companhia lançou o Uber Works, uma plataforma para a contratação de funcionários temporários.
O objetivo é conectar candidatos a vagas de emprego temporárias e recrutadores. Tal como no app de corridas, o pagamento pelo trabalho é feito no próprio aplicativo.
A Uber começou a diversificar seu portfólio de negócios já faz um tempo. A empresa iniciou em mobilidade, entrou em alimentação (com o Uber Eats) e agora irá trabalhar com a contratação de mão-de-obra temporária.
No entanto, não é como se estivesse começando do zero – ela possui milhões de usuários e trabalhadores cadastrados em suas plataformas.
E, ainda mais importante, a Uber já atua com trabalhadores temporários – os motoristas e entregadores. Ela está apenas expandindo a iniciativa para outros setores, abrindo vagas para cozinheiros, faxineiros, equipe de eventos, entre outros.
Inicialmente, a novidade está sendo testada em Chicago, nos Estados Unidos, e os usuários contam com o auxílio de agências de emprego para pagar o salário e seus benefícios.
6 – Uber Works
O Uber Works foi lançado em um momento em que o modelo de negócios da Uber, embora replicado por concorrentes no mundo todo, está sendo questionado.
Recentemente, o governador da Califórnia, nos EUA, sancionou uma lei que determina que os motoristas de aplicativos (e todos os trabalhadores autônomos) sejam enquadrados como empregados nas empresas e se adequem às leis trabalhistas locais.
A decisão é contrária a do Superior Tribunal de Justiça brasileiro. Hoje, a companhia não paga salário ou direitos trabalhistas.
Agora, com a decisão do governo da Califórnia, há risco de um grande impacto para uma empresa que ainda não é lucrativa, casos outros estados e países sigam este exemplo.
O Uber Works acabou de ser lançado, mas já encontra concorrentes no mercado. Nos Estados Unidos, há soluções como o Shiftgig e, no Brasil, o GetNinjas. A startup brasileira se tornou um marketplace para a contratação de profissionais autônomos e/ou temporários – e está em processo de expansão para a América Latina.
E você, o que achou da novidade da Uber?
Fonte: Startse e Peter Diamandis