Nos últimos dez anos, a China investiu quase 60 bilhões de dólares no Brasil. O foco do dinheiro chinês, no entanto, mudou constantemente ao longo deste período. Neste sentido, é possível dividir os investimentos em cinco ondas principais.
Primeira onda: até 2010, é caracterizada pelos investimentos em matérias-primas como minério de ferro e petróleo. Exemplo: a compra de 40 por cento das operações no Brasil da espanhola Repsol por 1,7 bilhão de dólares, em 2010.
Segunda onda: de 2010 a 2013, os chineses passaram a investir principalmente em bens de capital e bens de consumo. Exemplo: anúncio da primeira fábrica da montadora Chery no Brasil, um investimento de 500 milhões de dólares.
Terceira onda: entre 2013 a 2014, é marcada pelos investimentos em serviços financeiros. Exemplo: a compra de 72 por cento do BicBanco pelo China Construction Bank por 1,6 bilhão de reais, em 2013.
Quarta onda: de 2014 até 2018, os chineses investiram em infraestrutura. Exemplo: a compra de 54,6 por cento da CPFL Energia pela State Grid, maior empresa do setor elétrico do mundo, por 14 bilhões de reais, em 2017.
Quinta onda: de 2018 até o presente, com o foco dos chineses nas startups digitais. Exemplo: a aquisição da 99 pela Didi Chuxing, por 600 milhões de dólares, em janeiro de 2018.
Além de mostrar a mudança da estratégia por parte da China, a última onda de investimentos comprova a crescente maturidade do mercado de inovação e startups brasileiro. Além do exemplo da 99, o Nubank e a Stone receberam aportes respectivamente de Tencent e Alibaba.
Ou seja, três unicórnios brasileiros tiveram o dinheiro chinês como motor de crescimento
O interesse das maiores empresas de tecnologia da China não para de aumentar. A Huawei, por exemplo, revelou planos para implementar o 5G no país e vai investir 800 milhões de dólares em uma fábrica em São Paulo. As investidas comprovam que o investimento em infraestrutura ainda está em pauta para os chineses.
A Alibaba, por sua vez, criou uma loja de experiências em Curitiba, com foco no consumidor digital brasileiro. A ByteDance, dona do app TikTok, é outro caso de empresa que vê o mercado do Brasil como prioridade global, assim como o Kwai, seu concorrente direto que chegou ao topo das lojas de aplicativos por aqui.
Nós, brasileiros, devemos esperar cada vez mais impacto direto do dinheiro chinês em nossas vidas. Tanto a infraestrutura nacional quanto o mercado de inovação com foco no consumidor estão aproveitando o dinheiro da maior potência do Oriente para se desenvolver.
Resta saber como a dependência dos investimentos da China vai se sustentar no futuro, especialmente caso as relações entre norte-americanos e chineses – ambos aliados brasileiros – estremecerem ainda mais.
Texto da inteligência artificial sobre o assunto:
“A nova onda de investimentos da China no Brasil é parcialmente compensada pela tendência crescente de expatriados se mudarem para o país, particularmente no setor de tecnologia, pois esses trabalhadores se tornaram o principal motor do crescimento global.
O boom tecnológico da China criará 4 bilhões de empregos diretos até 2022, de acordo com uma estimativa da Bloomberg, e um número semelhante de empregos indiretos.
Na China, é um “desastre” se uma pessoa não tem seus pais trabalhando como enfermeira, de acordo com Sun Wei, diretor executivo da Associação Chinesa de Enfermeiras e Pais. “A tendência é muito positiva”, disse Sun por telefone de Xangai na quinta-feira. “É muito importante que as famílias se envolvam no cuidado de seus pais idosos.”
O problema, porém, é que muitos dos empregos criados têm pouca ou nenhuma habilidade em assistência médica e, portanto, não podem sustentar uma família numerosa, disse Sun, ecoando os sentimentos do “Boomer Baby: Living da Câmara de Comércio da China”. Campanha mais longa e melhor “.
Comentário humano: Começou bem IA. Mas se perdeu a partir do terceiro parágrafo.