Elon Musk e todos os seus feitos têm sempre um lugar cativo por aqui. Neste ano, podemos destacar desde suas iniciativas com a Starlink, com os milhares de satélites para democratizar o acesso à internet, até o Cybertruck e a apresentação já no finzinho do ano, que deu o que falar. 

Ele é sempre bem criticado,
mas o mundo seria bem mais chato sem Musk por aqui. Como eu estou sempre do lado do empreendedor, deixa o cara que está criando o futuro criar em paz.

Outro tópico que debatemos à exaustão foi a novela pós-tentativa de IPO da WeWork (aliás, falamos dela novamente abaixo). Mas entendo que Masayoshi Son, criador do SoftBank, é um cara extremamente visionário – ainda temos que aguardar para ver onde, de fato, suas apostas vão chegar. No caso da WeWork, houve um descasamento financeiro, onde ela queria chegar a um valor muito superior ao real. Partiu de um valuation de U$ 47 bilhões de dólares para US$ 8 bilhões pós fiasco.

Ainda na onda de oferta inicial de ações, os IPOs tech ficaram devendo à expectativa do mercado. Uber e Lyft puxaram seus valores para baixo – e seguem assim, com uma desvalorização de cerca de 30%. Quem conseguiu uma performance interessante foi o Zoom, que chegou ao IPO já com contas equilibradas, Porém, agora sofre com a concorrência do Microsoft Teams, que ganhou muito espaço.

E para encerrar a lista, algo que não poderia faltar: a ACE chegou ao número de 15 exits este ano.

 

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Retrospectiva VC

O Crunchbase levantou as verticais que mais atraíram investimentos, em 2019, nos Estados Unidos, incluindo tanto altos valores como muitas rodadas (em todos os estágios). E não temos nenhuma surpresa aí, os segmentos foram fintechs, real state, insurtechs e automação. Em comum, um grande amadurecimento e tração. Onde, obviamente, os cheques também são mais altos.

  • Fintechs: foi um ano no qual toda startup decidiu se tornar banco. Vimos o fortalecimento (também no Brasil) dos bancos digitais, que atuam desde empréstimos até carteiras digitais. Aqui, o Crunchbase destaca o americano Chime, que levantou US$ 700 milhões em 2019 (e falamos a respeito mais abaixo), e o brasileiro Nubank, com seu mega round de US$ 400 milhões em julho, chegando a um valuation de mais de US$ 10 bilhões.

 

  • Real State: a parte de toda a novela WeWork, aluguéis de espaços seguem em forte alta. Nos EUA, as startups do momento são a Knotel (concorrente, inclusive, da WeWork), a Knock e a Compass, que, juntas, levantaram mais de US$ 1,2 bilhão em investimentos.

 

  • Insurtechs: os EUA viu um boom nesse setor entre 3 e 5 anos atrás, nada mais natural que acompanhar o desenvolvimento dessas startups para estágios mais avançados. Empresas que receberam rodadas de Seed naquele período agora recebem cheques mais altos, como a Root Insurance e a Lemonade, que recebeu US$ 300 milhões em 2019.

 

  • Automação: são, essencialmente, startups que fornecem atalhos tecnológicos para trabalhos que exigiriam cuidados humanos. Em 2019, essa vertical atraiu US$ 2,89 bilhões em investimento, com destaque para a UiPath, com uma rodada série D de US$ 568 milhões.

 

Texto de Pedro Weingertner

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