O reconhecimento facial não é mais uma tecnologia presente apenas nos filmes de ficção científica.
A China já está utilizando-a para substituir o bilhete no metrô, como meio de pagamento, e até mesmo para realizar a chamada de alunos na sala de aula.
Já os Estados Unidos usam a mesma tecnologia para identificar os passageiros em aeroportos. E o Brasil, para realizar desde pagamentos à identificação de motoristas com direito a ingresso em estacionamentos.
Por aqui, o Sem Parar, empresa de pagamento automático em pedágios e estacionamentos, anunciou que está testando o reconhecimento facial.
Em setembro, clientes poderão entrar – e pagar – nos estacionamentos dos shoppings Morumbi e Iguatemi apenas mostrando o rosto no guichê de entrada e saída.
Até agora, a companhia disponibilizava adesivos com códigos para cada cliente, que eram lidos nas cancelas.
Além do Sem Parar, o Pão de Açúcar é outra empresa que está apostando na tecnologia. A rede de supermercados deseja abrir lojas com reconhecimento facial e self check-out.
Já a Gol deseja que, apenas escaneando a sua face, você possa embarcar em voos no Rio de Janeiro. Seria o fim do check-in?
A aposta não é apenas privada, mas também das instituições públicas. O Metrô de São Paulo terá sistema de reconhecimento facial para identificar foragidos, pessoas desaparecidas e crianças desacompanhadas.
A iniciativa é semelhante à realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia – desde o carnaval, foram identificadas 40 pessoas com o auxílio da tecnologia.
Ainda não dá para saber para onde o reconhecimento facial está caminhando. Este é o tipo de tecnologia que os fins dependem de quem a maneja.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, teme que ela possa ser utilizada para uma excessiva vigilância governamental.
Os cidadãos de São Francisco, nos Estados Unidos, têm a mesma opinião e, por isso, proibiram o uso do reconhecimento facial pelo governo municipal.
Na China, essa já é uma realidade – com direito a policiais em estações de trem usando óculos com reconhecimento facial. A mesma tecnologia também já virou instrumento de constrangimento de habitantes, como no caso de uma executiva chinesa que foi exposta por algo que não fez.
Fonte: Startse