1 – Ainda sob domínio de Zuckerberg
O Brasil foi escolhido para iniciar os testes de uma nova feature do Instagram. Com o nome de Cenas, o recurso permite aos usuários criar vídeos curtos com música – uma clara inspiração no concorrente TikTok, que ganha cada vez mais espaço com um público bem jovem. Entre os motivos para a escolha do país para o período de testes estão a forte cultura musical e o alto engajamento de brasileiros na rede.
2 – Bancos, temei
E parece que o pior pesadelo de Octávio de Lazari, presidente do Bradesco, pode estar mais próximo de se concretizar do que imaginamos. Há um tempo, o executivo disse que seu medo não são as muitas fintechs que surgem, mas sim as big techs, como são conhecidas Amazon, Apple e Google.
Pois que esta semana, o Facebook estreou seu Facebook Pay, um novo meio de pagamento para ser usado dentro de seus aplicativos – estendendo também para Instagram e Whatsapp. O serviço permite doações, pagamentos em jogos, transferência de dinheiro entre amigos e compras em páginas selecionadas e ingressos para eventos.
A ferramenta suporta as principais bandeiras de cartões de crédito e, por ora, está disponível apenas nos EUA. Em breve, irá se estender para novos territórios e usuários. No Brasil, ainda não temos uma data definida. Até lá, os bancos tradicionais podem pensar como combater mais essa concorrência.
3 – Mark Zuckerberg está trabalhando em um novo app
Se por aqui o Instagram não teme frente ao Snapchat – e nossos jovens também ainda não estão entregues ao TikTok -, o cenário não é bem assim nos Estados Unidos. Em uma eterna guerra de popularidade, a rede social de compartilhamento de imagens, sob o comando de Mark Zuckerberg, está trabalhando em um novo app, o Threads.
Seguindo a premissa de que os usuários querem interagir em pequenas comunidades de amigos mais próximos, o novo aplicativo vai permitir o compartilhamento da localização, velocidade e até duração da bateria, usando ferramentas do próprio Instagram.
A preocupação vem após algumas pesquisas indicarem uma certa vantagem do Snapchat entre usuários jovens americanos, que, em média, passam mais tempo no app desenvolvido por Evan Spiegel, do que no Instagram.
Porém, ainda não há nenhuma previsão de lançamento ou comentário oficial. Lembrando que no início do ano, o Facebook engavetou o Direct, app de envio de mensagens diretamente conectado ao Instagram, após usuários da versão beta não terem aprovado a usabilidade do serviço.
4 – Mark Zuckeberg abre a conferência F8
Em seguida, começaram as apresentações das novidades de cada aplicativo. O próprio Facebook, por exemplo, irá começar a priorizar a interação via eventos e grupos de interesse, melhorando a usabilidade dessas features.
Sem dúvidas, o anúncio mais polêmico teve a ver com o Instagram, que irá sumir com as curtidas de cada post e terá até a opção de não exibir os números de seguidores dos perfis. A ideia é que os usuários foquem no conteúdo e não no número de likes. O teste já começar a rodar no Canadá nos próximos dias – se rolar bem, a mudança chegará aos outros países. Se cuidem, digital influencers!
Aqui, o The Verge reuniu as cinco mudanças mais relevantes e um resumo em video dos melhores momento de Zuck.
Ah, by the way, o Facebook Dating já está disponível no Brasil, basta atualizar o app.
5 – A (boa) vida de Eduardo Saverin pós Facebook
Avesso aos holofotes, o brasileiro bilionário (com fortuna estimada em US$ 10 bilhões), recebeu a Forbes para uma rara entrevista em seu escritório (que você pode ler na íntegra aqui), em Singapura, onde vive, após abrir mão de sua cidadania americana. Anos após o filme A Rede Social, Eduardo, junto com o sócio Raj Ganguly, também dos tempos de Harvard, fundou a empresa de venture capital B Capital. Nessa empreitada, eles já levantaram um fundo de tecnologia no valor de 360 milhões de dólares – boa parte vinda do próprio Saverin.
Entre os principais investimentos feitos pelo fundo – foram cerca de 20 até agora -, estão empresas de vendas e logística, mais especificamente europeias, indianas e asiáticas, que muitas vezes voam despercebidas dos radares do Vale do Silício.
Saverin diz que ainda está longe de se aposentar em uma praia paradisíaca. “Ainda estamos muito no início do desenvolvimento das tecnologias que irão impactar o mundo”, afirma.
6 – Viu, gostou, clicou, comprou
Ainda em fase de testes (e envolvendo grandes marcas de ressonância digital, como Adidas, Nike e Kylie Cosmetics, da caçula do clã Kardashian), a nova onda do Instagram é realizar todo processo de vendas dentro do próprio aplicativo, do pagamento ao acompanhamento do envio.
A nova feature irá começar a funcionar somente nos Estados Unidos nas próximas semanas, e irá custar “uma pequena taxa” para as empresas que transacionarem via app. O Instagram caminha para ser uma plataforma de vendas desde 2018, quando permitiu a inserção de tags de preço em seus posts. Somente em fevereiro de 2019, mais de 130 milhões de usuários clicaram para saber o valor de algum item nas postagens.
7 – Facebook anuncia sue “próprio Bitcoin”, a criptomoeda Libra
E não se falou de outra assunto essa semana. Libra, a criptomoeda criada pelo Facebook já chega dando o que falar – e surpreendendo de uma maneira positiva. Principalmente para os muitos que imaginavam um total controle de dados dos usuários por parte da gigante de social mídia. Com a Libra, os usuários poderão fazer transferências de dinheiro pelo WhatsApp, Facebook e Instagram e em outros aplicativos.
Um dos benefícios são as taxas quase zeradas e, por ser uma criptomoeda mundial, menos conversões de câmbio.
Devido aos 2,4 bilhões de usuários que o Facebook possui, a rede social tem o potencial de criar uma moeda realmente utilizada pelo mundo todo – e não apenas na internet.
A expectativa é que a Libra também seja utilizada em compras físicas, através da carteira digital Calibra. Explicando: para evitar a polêmica de privacidade, o Facebook está criando uma subsidiária, a Calibra, que irá fazer a gestão do projeto – nunca misturando seus pagamentos via Libra com as informações usadas no Facebook.
Mas e como funciona? O objetivo final é facilitar transações financeiras, de maneira mais barata, e independente de onde esteja o usuário. Anonimamente, daí o uso de blockchain, será possível comprar ou resgatar a Libra (o nome da criptomoeda) online ou em pontos de venda usando aplicativos. O próprio Facebook irá inserir a Calibra (um wallet app) no WhatsApp, Messenger e demais apps.
O Facebook não terá controle total da Libra, já que conta com outros founders – que juntos formam a Libra Association, como a Visa, a Uber e a Andreessen Horowitz, que investiram na empreitada cerca de US$ 10 milhões cada um. A empresa de Zuckerberg espera contar com 100 membros antes do lançamento oficial – o convite está estendido até a competidores, como Google e Twitter.
A Libra Association terá base em Geneva, na Suíça, escolhida pela neutralidade e forte apoio a inovações financeiras. A Libra ainda está em fase de testes e deve chegar ao mercado na primeira metade de 2020.
Essa é uma de suas diferenças em comparação ao Bitcoin, a criptomoeda mais valorizada e que popularizou as moedas digitais. O Bitcoin não possui nenhuma instituição responsável.
Já o Facebook preferiu reunir outras empresas para auxiliar nessa responsabilidade e fugir dos comentários de monopólio – uma das críticas de um de seus fundadores. A expectativa é que a Libra seja lançada oficialmente no primeiro semestre de 2020.
Mas apesar das diferenças, a divulgação da Libra impactou positivamente na valorização do Bitcoin. No mesmo dia do anúncio, a criptomoeda recebeu a maior valorização do último ano, alcançando mais de 9 mil dólares.
E você, usaria uma criptomoeda criada pelo Facebook?
Se quiser saber mais, a revista Exame listou 10 coisas que você precisa saber sobre a criptomoeda.
8 – A bíblia do Mark
Quando a gente acha que a vida do Facebook vai ficar mais fácil, vem mais alguma notícia para jogar essa sensação água abaixo.
Depois de depor no Congresso americano em abril e deixar mais perguntas do que respostas, Mark Zuckerberg cumpriu a promessa de dar mais informações aos congressistas. O problema é que elas vieram em um documento de mais de 500 páginas e, na visão de muita gente, ainda estão longe de resolver aos principais questionamentos.
Entre os assuntos pontuados neste documento estão os temas mais sensíveis para a empresa, como o escândalo da Cambridge Analytica, o target de anúncios, as políticas de moderação e as próprias políticas e práticas da companhia.
O pior de tudo é que depois que as perguntas que motivaram o relatório foram feitas muitas outras dúvidas surgiram (como por exemplo o vazamento de informações de usuários para fabricantes de celulares). Será que vem mais 500 páginas por aí?
9 – Me manda um postal
O Facebook já anunciou muitas medidas para evitar a repetição dos problemas ocorridos na última eleição americana (quando os russos usaram sites de fake news e impulsionamento de posts para influenciar os resultados).
A maioria dessas ações são bastante técnicas (como a revisão do algoritimo da timeline), mas uma das mais recentes não é tão moderna assim. Pelo contrário. Daqui pra frente, todo mundo que comprar um anúncio relacionado a política vai receber um cartão postal em casa.
O cartão vai ter um código, que deverá ser digitado dentro da plataforma. Com isso, a expectativa é criar uma dificuldade a mais para quem está fora dos Estados Unidos interferir em eleições de lá (o que, além de ser antiético, é ilegal pela lei americana).
Dificuldades a parte, os próprios executivos do Facebook admitem que essa proposta está longe de resolver o problema.
10 – Coletivo de fakenews
Por mais que as gigantes da internet venham anunciando uma verdadeira cruzada para combater as fakenews, existem alguns pontos praticamente impossíveis de ser controlados.
Uma reportagem da revista Economist apontou o WhatsApp como a maior dor de cabeça do Facebook atualmente. É que pelas próprias características da rede de troca de mensagens, a empresa não tem como interferir nos conteúdos que estão sendo enviados e nem nos comentários que são feitos sobre eles.
Com certeza você já recebeu uma porção de links com notícias absurdas por lá. E se acha que não recebeu, ou seus amigos são muito conscientes ou você precisa ficar mais atento ao que anda lendo por aí.
11 – No jogo
O Facebook resolveu dar mais uma passinho em sua estratégia de dominar o mercado de vídeos. Agora, a ideia é atacar o streaming de games, um mercado especialmente forte entre adolescentes e jovens e que até hoje é dominado por YouTube e Twitch.
12 – Snap em dificuldades
Desde que começou a ser copiada pelo Facebook, a Snap tem tido dificuldade de encontrar um modelo rentável e que agrade aos investidores. Agora a companhia anunciou que vai tirar o pé do acelerador – e até cortou sua área de recrutamento, já que não deve ter muitas contratações tão cedo.
13 – Menos notícias e mais gatinhos
Quinta passada Mark Zuckerberg fez um post no Facebook falando sobre as mudanças que a rede vai implementar para melhorar a experiência do usuário em 2018. Em linhas gerais, a gente vai ver menos postagens feitas a partir de páginas (mesmo que sejam de veículos de mídia, que vinham passando imunes às mudanças na timeline) e mais postagens de amigos e parentes (ou seja mais gatinhos e mensagens de bom dia).
O anúncio não agradou aos meios de comunicação (que agora também vão ter que começar a impulsionar posts para manter a relevância na rede) nem aos investidores (que acham que o novo modelo pode fazer com que os usuários fiquem menos tempo conectados e, assim, vejam menos anúncios). Agora resta acompanhar o mais importante: a opinião dos usuários sobre isso.
Fontes: Starse e Ace